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Ibovespa cede 0,27% com pressão da Vale

Com o mercado monitorando notícias da reforma da Previdência, as ações mostraram fraqueza na maior parte do dia

B3: a ata da última reunião do Banco Central ajudou a aliviar as pressões (Facebook/B3/Reprodução)

B3: a ata da última reunião do Banco Central ajudou a aliviar as pressões (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 18 de abril de 2017 às 17h51.

São Paulo - O principal índice do bolsa paulista teve leve baixa nesta terça-feira, puxado por Vale diante de novas baixas no preço do minério de ferro na China, enquanto a ponta positiva do índice foi guiada por melhoras em recomendações de ações.

O Ibovespa caiu 0,27 por cento, a 64.158 pontos. O volume financeiro do pregão foi de 7,4 bilhões de reais.

Com o mercado monitorando notícias da reforma da Previdência, as ações mostraram fraqueza na maior parte do dia.

A leitura do relatório final da proposta de reforma foi adiada para quarta-feira, embora o presidente da comissão especial da Previdência, deputado Carlos Marun, tenha dito que a aprovação da matéria não seria prejudicada pelo atraso.

O texto acertado nesta terça prevê redução em idade mínima para aposentadoria de mulheres e trabalhadores diferenciados e menos tempo de contribuição para receber a aposentadoria integral a que cada um tem direito.

A ata da última reunião do Banco Central ajudou a aliviar as pressões.

Segundo o documento, o BC avaliou que a conjuntura econômica já permitia corte maior na Selic, mas optou pelo corte de 1 ponto percentual em função do cenário de incertezas e riscos.

Já o exterior acirrou o tom negativo, com Wall Street fechando em baixa sob pressão de perdas em ações do Goldman Sachs e da Johnson & Johnson, após resultados trimestrais.

Destaques

- VALE PNA perdeu 3,86 por cento e VALE ON caiu 2,99 por cento, pressionadas pelas fortes quedas nos contratos futuros de minério de ferro na China, sob influência de preocupações sobre excesso de oferta.

- GERDAU PN cedeu 2,6 por cento e CSN ON perdeu 4,32 por cento, também na esteira das perdas das commodities metálicas na China. USIMINAS PNA teve baixa de 0,75 por cento, após forte alta na véspera puxada pela divulgação de números prévios do primeiro bimestre.

- CYRELA ON teve perda de 1,63 por cento, após dados operacionais do primeiro trimestre mostrando queda interanual de 4,3 por cento nas vendas do primeiro trimestre. Analistas do BTG Pactual consideraramos números fracos, embora já esperados, devido ao cenário difícil para vendas de imóveis residenciais e médio e alto padrão.

- PETROBRAS PN caiu 1,26 por cento e PETROBRAS ON recuou 1,3 por cento, em linha com os preços do petróleo no mercado global. As ações da empresa também foram pressionadas pela suspensão pela justiça de Sergipe da venda de área do pré-sal à norueguesa Statoil.

- QUALICORP ON liderou a ponta positiva do índice ao avançar 5,37 por cento após o Credit Suisse elevar a recomendação para outperform e subir o preço-alvo para 26 reais. Segundo os analistas, a decisão reflete novas avaliações macroeconômicas, os resultados de 2016 e uma mudança na recente dinâmica de negócio da empresa.

- SANTANDER UNIT teve o melhor desempenho entre os bancos e avançou 3,37 por cento, após o Credit Suisse elevar a recomendação dos papéis de neutra para outperform. BANCO DO BRASIL subiu 0,97 por cento, enquanto BRADESCO PN e ITAÚ UNIBANCO caíram 0,59 e 0,36 por cento, respectivamente.

- MARFRIG ON subiu 3,94 por cento, após o Bradesco BBI elevar a recomendação da ação para outperform, com preço-alvo de 8 reais.

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