Mercados

Ibovespa cai puxado por commodities e com balanços no radar

Tom de cautela ganhava ainda algum respaldo na expectativa pela ata da mais recente reunião do Federal Reserve

Bovespa: balanços das empresas, ata do Federal Reserve e reunião do Copom chamam a atenção do investidor nesta quarta-feira (Germano Luders/Site Exame)

Bovespa: balanços das empresas, ata do Federal Reserve e reunião do Copom chamam a atenção do investidor nesta quarta-feira (Germano Luders/Site Exame)

R

Reuters

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 11h54.

São Paulo - O principal índice da Bovespa operava em território negativo nesta quarta-feira, após fechar acima dos 69 mil pontos na véspera, em sessão marcada pela baixa em commodities e com investidores atentos ao intenso noticiário corporativo por conta da divulgação de balanços.

Às 11:42, o Ibovespa caía 0,64 por cento, a 68.610 pontos. O giro financeiro somava 1,84 bilhão de reais.

O tom de cautela ganhava ainda algum respaldo na expectativa pela ata da mais recente reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, que será divulgada às 16:00 (horário de Brasília), com investidores em busca de pistas sobre quando os juros voltarão a subir na maior economia do mundo.

Localmente, o Banco Central divulga a decisão sobre a taxa básica de juros após o fechamento dos mercados locais. Pesquisa Reuters indica que o BC deve cortar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 12,25 por cento.

Além disso, após a aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado de Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal (STF), o mercado aguardava o avanço da proposta de nova fase do programa de regularização de ativos no exterior, que deve ser votada nesta sessão no Senado.

Destaques

- Gerdau PN caía 3,37 por cento, entre os destaques negativos do índice. A empresa teve prejuízo líquido consolidado ajustado de 205 milhões de reais no quarto trimestre, pior que o resultado negativo de 41 milhões de reais registrado um ano antes. A sessão também era marcada por queda nos preços do minério de ferro na China.

- Vale PNA perdia 2,4 por cento e Vale ON tinha baixa de 3,07 por cento, em sessão de perdas para o minério de ferro na China e com as altas recentes na ações da mineradora abrindo espaço para ajustes. No ano, os papéis PNA ainda acumulam alta de cerca de 40 por cento. CSN ON caía 2,06 por cento e Usiminas tinha desvalorização de 1,66 por cento.

- Petrobras PN tinha baixa de 1,31 por cento, enquanto Petrobras ON recuava 1,75 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que caíam com a alta do dólar ante uma cesta de moedas.

- Braskem PNA caía 0,53 por cento. A empresa petroquímica reportou prejuízo líquido consolidado de 2,637 bilhões de reais no quarto trimestre, ante lucro líquido 35 milhões de reais em igual período de 2015.

- Weg ON recuava 0,57 por cento, tendo no radar o balanço do quatro trimestre, que mostrou lucro líquido de 323,2 milhões de reais da fabricante de motores elétricos e tintas industriais, queda de 15,8 por cento ante igual período do ano anterior.

- Telefônica Brasil PN subia 2,21 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa. A dona da marca Vivo teve lucro líquido de 1,21 bilhão de reais no quarto trimestre, alta de 9 por cento ante igual período de 2015, com a corretora Brasil Plural destacando que a empresa conseguiu executar as metas delineadas para 2016 e ter um desempenho "robusto".

- Minerva ON, que não está no Ibovespa, perdia 4,07 por cento. Como pano de fundo estava a divulgação do balanço da empresa, com lucro líquido de 12,3 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 81,5 por cento em relação ao mesmo período de 2015.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresIbovespa

Mais de Mercados

Encerramento da cúpula do G20, balanço do Walmart e pacote fiscal: os assuntos que movem o mercado

Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários

Essa small cap “não vale nada” e pode triplicar de preço na bolsa, diz Christian Keleti

Morgan Stanley rebaixa ações do Brasil e alerta sobre ‘sufoco’ no fiscal