Às 13h44, o Ibovespa caía 1,6 %, a 53.762 pontos, abaixo de relevante suporte técnico nos 54 mil pontos (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2013 às 15h56.
São Paulo - A Bovespa tinha forte queda na tarde desta sexta-feira, volta de feriado, pressionada por OGX e construtoras, após a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros do país para 8 % ao ano.
Às 13h44, o Ibovespa caía 1,6 %, a 53.762 pontos, abaixo de relevante suporte técnico nos 54 mil pontos. O giro financeiro do pregão era de 4,3 bilhões de reais. Com isso, o índice caminhava para encerrar maio com sua quinta queda mensal consecutiva.
"A avaliação inicial é de que esse seria um ano bom para a bolsa, mas os números estão demonstrando que não será", disse o gestor Flávio Barros, da Grau Gestão de Ativos.
Ações do setor imobiliário pesavam no Ibovespa nesta sexta-feira, diante do encarecimento do crédito, fundamental para as vendas do setor. Destaque para a queda de PDG Realty e Rossi Residencial.
Em decisão unânime, anunciada na noite da última quarta-feira, o Comitê de Política Monetária aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual --maior elevação desde janeiro de 2011. A petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, passou a registrar forte queda na sessão, revertendo sinal positivo verificado no início dos negócios.
Em sentido oposto, as ações da Petrobras seguiam em alta, após a estatal informar avanço em sua produção de petróleo de abril, na comparação com março. Embraer também estava entre as poucas altas do índice.
Na quinta-feira, quando os mercados brasileiros fecharam por feriado de Corpus Christi, investidores receberam novos dados preliminares do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do primeiro trimestre e outros números do país.
"Hoje é um dia de ajustes, tanto pelo feriado como pelos tradicionais acertos nas carteiras feitos no fim de mês", afirmou Barros. Na quarta-feira, o Ibovespa fechou em baixa de 2,5 %, sua segunda pior queda do ano.