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Ibovespa cai com volta de aversão a risco no exterior

Às 11:37, o Ibovespa caía 1,53%, a 71.020,5379387 pontos. O giro financeiro era de 2,2 bilhões de reais

Cenário: após uma pausa na aversão a risco, os receios em torno de uma guerra comercial entre EUA e China voltaram a pesar sobre os mercados globais (Enio Prado/Wikimedia Commons)

Cenário: após uma pausa na aversão a risco, os receios em torno de uma guerra comercial entre EUA e China voltaram a pesar sobre os mercados globais (Enio Prado/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2018 às 14h58.

Última atualização em 21 de junho de 2018 às 15h03.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 caía nesta quinta-feira, com a volta da cautela no exterior dando uma pausa no movimento de recuperação visto nos dois pregões anteriores.

Às 11:37, o Ibovespa caía 1,53 por cento, a 71.020,5379387 pontos. O giro financeiro era de 2,2 bilhões de reais.

Após uma pausa na aversão a risco, os receios em torno de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China voltaram a pesar sobre os mercados globais.

O índice de ações de mercados emergentes MSCI cedia 0,98 por cento, enquanto em Wall Street, o S&P 500 tinha perda de 0,5 por cento.

"O quadro internacional volta a ser mais negativo, com volatilidade em alta, e cautela com a guerra comercial", escreveram analistas da Guide Investimentos em nota a clientes.

Localmente, o Banco Central manteve a taxa básica de juros na véspera, conforme esperado, e deixou em aberto quais seriam seus próximos passos.

"O BC deu espaço para um ciclo de aperto monetário, caso ocorra uma maior deterioração no cenário base e a remoção da frase 'para as próximas reuniões, o Comitê vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente' reduziu o comprometimento do Banco Central em manter os juros no nível atual", escreveu a equipe do Credit Suisse em nota a clientes.

Para os economistas do banco, se a alta do dólar frente ao real persistir, o Copom deve começar a normalizar a Selic mais rápido que o esperado. No entanto, a equipe destaca que a projeção de inflação para 2019 está distante do limite superior da meta e o modelo do banco indica que o dólar teria de subir acima de 4,30 reais, mantendo as outras variáveis estáveis, para que a inflação ficasse acima do teto da meta.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 2,78 e 3,07 por cento, respectivamente, em dia de fraqueza para os preços do petróleo no mercado internacional e tendo ainda no radar a aprovação pela Câmara dos Deputados do texto-base do projeto de cessão onerosa, mas com o adiamento da votação dos destaques da matéria.

- VALE ON cedia 1,91 por cento, em meio ao pessimismo em torno dos receios com uma guerra comercial entre EUA e China.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 1,17 por cento e BRADESCO PN perdia 2,24 por cento, pressionando o índice devido à expressiva participação desses papéis em sua composição. A sessão era negativa ainda para os demais bancos, com SANTANDER UNIT em baixa de 2,49 por cento e BANCO DO BRASIL ON caindo 2,07 por cento.

- ELETROBRAS PNB caía 5,37 por cento e ELETROBRAS ON perdia 4,59 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, após a Câmara dos Deputados não votar na véspera o requerimento de urgência para o projeto sobre as distribuidoras.

- CESP PNB, que não faz parte do Ibovespa, recuava 3,81 por cento, após a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagrarem operação para cumprir 15 mandados de prisão como parte de uma investigação de superfaturamento em obras do Rodoanel Viário Mário Covas, em São Paulo, que teria como um dos principais alvos da operação, segundo o portal de notícias G1, Laurence Casagrande Lourenço, ex-presidente da estatal paulista responsável pelas rodovias do Estado, a Dersa, e atual presidente da Cesp.

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