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Ibovespa cai abaixo dos 100 mil pontos após operação da PF em sede do BTG

Investigação apura supostos vazamentos de Selic para o banco, que teria obtido lucros de dezenas de milhões de reais com a informação

Sede do BTG Pactual foi alvo de operação de busca e apreensão por suposto envolvimento com vazamento de Selic (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Sede do BTG Pactual foi alvo de operação de busca e apreensão por suposto envolvimento com vazamento de Selic (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 11h58.

Última atualização em 3 de outubro de 2019 às 12h24.

São Paulo - O Ibovespa iniciou o pregão oscilando no azul, nesta quinta-feira (3), mas o cenário se inverteu após o jornal O Globo noticiar que a Polícia Federal deflagrou a Operação Estrela Cadente, que investiga vazamento de resultados da reunião do Comitê de Política Monetária dos anos de 2010 a 2012.

As informações antecipadas teriam como principal beneficiário o BTG Pactual. Nesta manhã, a sede do banco, em São Paulo, foi alvo de busca e apreensão.

Com a notícia, o principal índice da Bolsa virou para queda e chegou a ficar abaixo da marca dos 100 mil pontos por alguns instantes, mas logo retomou parte das perdas. Às 11h49, o Ibovespa caia 0,55% e ia a 100.477 pontos.

Já a ação do BTG chegou a cair mais de 9% na manhã desta quinta-feira (3). Às 11h34, o papel do banco se desvalorizava 6,01% e era negociado a 52,90 reais.

A operação tem como base a delação do ex-ministro Antônio Palocci, que chefio a Fazenda entre 2003 e 2006, durante o governo Lula. Segundo o Ministério Público Federal, com as informações obtidas de forma ilegal, um fundo de investimento do BTG teria obtido lucros extraordinários de dezenas de milhões de reais

Em nota, o BTG esclarece que, em relação às diversas notícias veiculadas sobre a operação denominada “Estrela Cadente”, recebeu pedidos de informação do MPF referentes à operações realizadas pelo Fundo Bintang FIM.

"O fundo possuía um único cotista pessoa física, profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado junto à CVM, que nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o banco ou qualquer de seus sócios. O Banco BTG Pactual exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, não tendo qualquer poder de gestão ou participação no mesmo."

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