Ivan Clarck, sócio líder de Capital Markets da PwC: 800 companhias tem interesse em abrir capital, mas precisam se preparar para isso (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2011 às 18h45.
São Paulo - O principal índice da Bovespa encerrou o pregão desta sexta-feira em baixa de mais de 2 por cento, após o rebaixamento dos ratings de Espanha e Itália pela Fitch.
O Ibovespa recuou 2,00 por cento, a 51.243 pontos. Na semana, a queda foi de 2,07 por cento. Nesta sessão, o giro financeiro foi de 5,43 bilhões de reais.
A Fitch rebaixou a nota da Itália para "A+" e da Espanha para "AA-", ambas com perspectiva negativa. Os rebaixamentos refletem a intensificação da crise da zona do euro.
O operador de renda variável Luiz Roberto Monteiro, da Renascença, além do corte das notas soberanas dos dois países, outros fatores também pesaram nos negócios.
"O mercado vinha devagar (pela manhã), e com o payroll deu aquela alta", disse, em referência ao aumento de mais de 1 por cento registrado pela manhã. "Mas se for analisar friamente, os números ficaram abaixo da expectativa", completou.
O dado indicou a criação de 103 mil vagas em setembro, ante uma expectativa de 60 mil. Porém, o operador ressaltou que nesse total, foram considerados retorno de 45 mil funcionários da Verizon Communications, que saíram da força de trabalho em agosto por causa de uma greve. Dessa forma, a criação efetiva de vagas teria ficado abaixo do esperado.
No cenário interno, Monteiro lembrou que ações de peso no índice tiveram fortes quedas, influenciadas pela queda de commodities.
As preferenciais da Vale recuaram 2,52 por cento, a 38,31 reais, enquanto as da Petrobras perderam 2,92 por cento, a 18,30 reais. O índice de commodities Reuters-Jefferies caiu 0,4 por cento.
Apenas sete ações da carteira do Ibovespa registraram alta, com destaque para as ordinárias da Usiminas, com alta de 4,37 por cento, a 21,50. Redecard ganhou 1,84 por cento, a 27,19 reais. E OGX avançou 0,89 por cento, a 11,38 reais.