Mercados

Ibovespa cai 1,55% com agenda econômica cheia e decisão do Fed

Após entrega da reforma para militares e decisão do banco central americano em manter taxa de juros, Ibovespa encerrou pregão a 98.041,37 pontos

Bolsa: índice fechou em queda (Leonardo Benassatto/Reuters)

Bolsa: índice fechou em queda (Leonardo Benassatto/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 20 de março de 2019 às 17h14.

Última atualização em 20 de março de 2019 às 17h50.

O índice acionário Ibovespa encerrou em queda nesta quarta-feira marcado pela cautela dos investidores diante de agenda econômica cheia e cenário exterior misto, após decisão de política monetária do Federal Reserve.

Referência do mercado de ações brasileiro, o Ibovespa caiu 1 55 por cento, a 98.041,37 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro da sessão alcançava 16,98 bilhões de reais.

Para Rodrigo Zauner, sócio da SVN Investimentos, as atenções se dividiram entre a decisão de política monetária do Fed e o encaminhamento da reforma da aposentadoria dos militares ao Congresso. "Cautela. Essa foi a palavra do dia", afirmou.

O projeto que altera as regras previdenciárias para militares foi entregue pelo presidente Jair Bolsonaro e integrantes dos ministérios da Economia e da Defesa ao Congresso Nacional. O texto prevê uma economia líquida em 10 anos com aposentadorias de 10,45 bilhões de reais.

No cenário externo, o Fed, banco central dos EUA, manteve a taxa de juros em 2,25 a 2,50 por cento ao ano, com seus diretores abandonando projeções de novas altas de juros para 2019 e sinalizando uma desaceleração na economia.

O mercado aguarda a divulgação do Copom. A expectativa majoritária é de manutenção da Selic em 6,5 por cento ao ano. Investidores buscando nos comentários indícios sobre a futura atuação do BC.

Destaques

- BR DISTRIBUIDORA recuou 3,75 por cento, tendo de pano de fundo a indicação de Rafael Grisolia para presidente-executivo da subsidiária da Petrobras.

- VALE teve queda de 2,58 por cento, acompanhando a queda dos preços do minério de ferro na China. Os contratos recuaram valor após a mineradora informar que a Justiça de Minas Geris autorizou a retomada das atividades na barragem de Laranjeiras e no complexo de Brucutu, principal operação de minério de ferro da empresa no Estado.

- ITAÚ UNIBANCO PN teve queda de 2,25 por cento, enquanto BRADESCO PN

- PETROBRAS PN teve queda de 0,79 por cento, e PETROBRAS ON subiu 0,61 por cento, em meio a notícias positivas como sobre a esperada conclusão da renegociação do chamado contrato da cessão onerosa e da proximidade da conclusão de desinvestimentos bilionários para a empresa.

- CSN avançou 1,4 por cento, após forte queda no dia anterior.

- COSAN subiu 0,31 por cento, um dia após empresa promover encontro com investidores, no qual apresentou projeções atualizadas para todos seus negócios em 2019.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresFed – Federal Reserve SystemIbovespaJair BolsonaroReforma da Previdência

Mais de Mercados

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida

Na casa do Mickey Mouse, streaming salva o dia e impulsiona ações da Disney