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Ibovespa cai 0,13% com negociações sobre Previdência

Os ânimos do mercado melhoraram após notícias de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será lançado candidato ao comando do PSDB

B3: "Daqui até o recesso parlamentar, a movimentação (do mercado) vai totalmente guiada pelo noticiário sobre a Previdência" (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "Daqui até o recesso parlamentar, a movimentação (do mercado) vai totalmente guiada pelo noticiário sobre a Previdência" (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 27 de novembro de 2017 às 18h44.

São Paulo- O principal índice da bolsa paulista fechou em leve baixa nesta segunda-feira, com alguma melhora no humor em torno das negociações para a reforma da Previdência tirando o mercado das mínimas, mas com o tom de cautela ainda no radar no início de uma semana importante para as articulações do governo.

O Ibovespa caiu 0,13 por cento, a 74.058 pontos, após ter chegado a cair 1,35 por cento na mínima. O giro financeiro do pregão somou 7,37 bilhões de reais, abaixo da média diária do mês até sexta-feira, de 9,59 bilhões de reais.

Com todas as atenções voltadas para as negociações do governo em torno da reforma da Previdência, os ânimos do mercado melhoraram após notícias de que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será lançado candidato ao comando do PSDB com o discurso da unidade partidária. A expectativa é que Alckmin defenda a aprovação da nova versão da reforma da Previdência pela Câmara.

"Daqui até o recesso parlamentar, a movimentação (do mercado) vai totalmente guiada pelo noticiário sobre a Previdência", disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo, acrescentando que os pregões podem ser marcados por forte volatilidade conforme o fluxo de notícias de Brasília.

Ainda sobre a agenda de reformas, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defendeu nesta tarde a manutenção da trajetória de reformas estruturais, independentemente de quem esteja no governo. Em relação ao texto da Previdência, Meirelles afirmou que a definição de uma idade mínima de aposentadoria, uma regra de transição e a unificação dos sistemas privado e público são pontos inegociáveis.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,43 por cento e PETROBRAS ON perdeu 1,39 por cento, em dia de queda dos preços do petróleo no mercado internacional.

- ELETROBRAS ON cedeu 0,58 por cento e ELETROBRAS PNB recuou 1,46 por cento. No fim da semana, a empresa pediu mais prazo para privatização de suas seis distribuidoras de eletricidade que atuam no Norte e Nordeste. Segundo analistas, ainda que já fosse esperado, o movimento deve causar pressões de curto prazo.

- VALE ON recuou 1,06 por cento, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China.

- ECORODOVIAS ON subiu 3,52 por cento e liderou a ponta positiva do índice, em meio à visão positiva sobre corte de custos, reforçada após encontro com analistas e investidores na semana passada.

- GERDAU ON avançou 2,69 por cento, USIMINAS PNA teve alta de 2,4 por cento e CSN ON subiu 0,88 por cento, acompanhando os ganhos dos contratos futuros do aço na bolsa de Xangai.

- OI ON caiu 5,83 por cento e OI PN recuou 2,25 por cento, repercutindo a troca de comando da empresa. A Oi nomeou Eurico de Jesus Teles Neto como presidente-executivo interino após Marco Schroeder ter renunciado ao cargo na sexta-feira. Para o Credit Suisse, a saída do executivo mostra a dificuldade em achar um termo para todos os acionistas e eleva a chance de intervenção da Anatel.

- CREMER ON disparou 57,13 por cento, após a empresa de investimentos Tarpon anunciar a venda de toda a sua fatia na empresa para o grupo Mafra.

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