Mercados

Ibovespa busca recuperação, mas cena externa limita ganhos

Pesquisa Datafolha não confirmou apostas de uma recuperação mais agressiva da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff


	Bovespa: às 11h23, índice subia 0,66%, aos 58.580 pontos, após acumular perda de 6%
 (Germano Lüders/EXAME)

Bovespa: às 11h23, índice subia 0,66%, aos 58.580 pontos, após acumular perda de 6% (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 12h13.

São Paulo - A bolsa paulista buscava nesta quinta-feira uma trégua na trajetória declinante dos últimos seis pregões, após pesquisa Datafolha não confirmar apostas de uma recuperação mais agressiva da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), mas o quadro externo negativo limitava os ganhos.

Às 11h23, o Ibovespa subia 0,66 por cento, aos 58.580 pontos, após acumular perda de 6 por cento nas últimas seis sessões até a véspera. O volume financeiro no pregão somava 1,56 bilhão de reais.

Análise técnica da Itaú Corretora indicou que o índice entrou em uma região de indefinição no curto prazo, e poderá buscar os suportes em 56.800 e 55.200 pontos, o último considerado forte.

"Do lado da recuperação, caso ocorra um repique o Ibovespa encontrará resistência intraday em 59.500 pontos. Passando desta, ganhará força para uma recuperação no curtíssimo prazo, voltando a apontar para as resistências em 61.000 e 62.300 pontos", disse a corretora em nota a clientes.

O levantamento Datafolha revelado na noite de quarta-feira mostrou estabilidade no cenário eleitoral, com uma única exceção: a simulação de segundo turno entre Marina Silva (PSB) e Dilma (PT) que agora mostra empate técnico, enquanto na semana passada indicava vitória da candidata da oposição.

Apesar da melhora de Dilma nas intenções de voto, havia especulações antes dadivulgação da pesquisa de que a candidata petista pudesse mostrar um avanço ainda mais forte, o que não se confirmou.

As ações preferenciais da Petrobras, que recuaram nos últimos três pregões, apreciavam-se mais de 2 por cento nesta sessão, assim como os papéis ordinários da petroleira.

Ainda no campo estatal, a valorização de Banco do Brasil era mais uma influência positiva ao Ibovespa.

No exterior, enquanto isso, Wall Street ainda mostrava debilidade após um aumento inesperado nos pedidos por auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana encerrada em 6 de setembro, o que acabou também afetando as bolsas de valores na Europa, onde a votação pela independência da Escócia também permanece no radar.

O índice MSCI de referência para mercados emergentes acusava mais uma sessão no vermelho, em meio a uma reavaliação de posições nessas regiões, após o indicador ter renovado máximas em três anos na semana passada.

Em nota a clientes, estrategistas do Bank of America Merrill Lynch atribuíram a recente queda nas ações no Brasil ao cenário eleitoral apertado e incerto, mas também a um movimento de redução de risco global.

Do noticiário corporativo, o setor de telecomunicações permanecia no radar, após a operadora Oi informar na quarta-feira que não estava envolvida, até aquela data, em quaisquer negociações formais com terceiros para a compra da TIM Participações.

Papéis do setor imobiliário também se destacavam no campo positivo, em sessão com queda nos juros futuros, após dados mais fracos sobre as vendas no varejo e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) corroborar apostas de manutenção da taxa básica de juro. 

Acompanhe tudo sobre:DatafolhaIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos

Luigi Mangione se declara inocente de acusações de assassinato no caso da morte de CEO nos EUA

Os destaques do mercado em 2024: criptomoedas, Inteligência Artificial e surpresas globais