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Ibovespa tem 3ª semana seguida de queda, com baixa de quase 2%

Principal índice da B3 foi pressionado por reoneração sobre combustíveis e temores com a Petrobras

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 3 de março de 2023 às 10h35.

Última atualização em 3 de março de 2023 às 18h35.

O Ibovespa fechou a primeira semana de março na mesma tendência negativa de fevereiro. O principal índice da bolsa brasileira caiu 1,8% no acumulado semanal, mesmo com a tendência de recuperação no pregão desta sexta-feira, 3.

Ibovespa

  • Diário: + 0,52%, 103.866 pontos
  • Semanal: - 1,83%

Um dos fatores que derrubou o índice nesta semana foi a volta da cobrança de impostos sobre os combustíveis. O retorno da reoneração sobre o PIS/Cofins foi bem recebido pelo mercado, já que preserva R$ 28,9 bilhões em receita com impostos já previstos para este ano.

A reoneração, no entanto, veio acompanhada de uma redução nos preços da gasolina e diesel vendido pela Petrobras às distribuidoras. A redução de preços não compensa toda a reoneração de impostos federais, mas foi lida com cautela pelos agentes de mercado, que temem interferência na política de preços da estatal durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A política de preços, por sinal, voltou a ser motivo de cautela depois da divulgação do balanço da Petrobras. O resultado foi recorde, de R$ 188 bilhões de reais para o ano de 2022, com distribuição de R$ 215,8 bilhões em dividendos. 

Ainda assim, investidores reagiram mal, já de olho no futuro. A avaliação é que o balanço mostra uma foto de um momento que já passou. Agora, com Lula no comando do País e Jean Paul Prates à frente da estatal, ainda não está claro quais serão os rumos da Petrobras.

Em sua primeira coletiva de resultados, Prates não esclareceu como a empresa irá distribuir dividendos e disse que o futuro da política de paridade de preços está nas mãos do governo e não será decidido pela estatal.

Nesta sexta, as ações da Petrobras tiveram um pregão de recuperação e subiram mais de 4%. Ainda assim, os papéis fecharam a semana em queda de até 2%.

  • Petrobras (PETR3) na semana: - 2,03%
  • Petrobras (PETR4) na semana: - 1,04%

Frigoríficos foram destaque nesta sexta

As ações da Minerva lideraram as altas do Ibovespa nesta sexta, com investidores digerindo o comunicado do Ministério da Agricultura que classificou o caso de vaca louco diagnosticado no Pará como "atípico". O diagnóstico da doença fez com que as exportações de carne para a China fossem suspensas. O mercado asiático, que tem a China como maior consumidora, representou 43% das exportações da Minerva em 2022.

Os papéis avançam ainda após recomendação do Goldman Sachs. Embora os analistas ainda tenham ressalvas com a ação, que tem recomendação neutra, o preço-alvo foi elevado para R$ 18,1 – o que representa um potencial de valorização (upside) de 64%.

Outros frigoríficos como JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) também fecharam o dia em alta.

Maiores altas do Ibovespa na semana

A maior alta do Ibovespa na semana foi da EDP Brasil (ENBR3), que dispararam ontem com a notícia de que a controladora da empresa pretende fechar seu capital. Para isso, a controladora pretende comprar de volta todas as ações da companhia por meio de uma oferta pública de aquisição (OPA). A OPA foi protocolada na CVM, oferecendo um prêmio de 22% sobre cada ação da EDP Brasil, e foi esse prêmio que puxou para cima os papéis da empresa. 

  • EDP Brasil (ENBR3): + 12,83%
  • Embraer (EMBR3): + 11,63%
  • CSN (CSNA3): + 10,17%

Maiores baixas do Ibovespa na semana

Na lanterna do índice, a Hapvida (HAPV3) foi a maior baixa do índice na semana após apresentar um resultado fraco no quarto trimestre de 2022. A operadora de saúde teve prejuízo líquido consolidado de R$ 316,7 milhões no período, revertendo o lucro de R$ 200,2 milhões apurado na mesma janela de 2021.

  • Hapvida (HAPV3): - 43,73%
  • CVC (CVCB3): - 17,65%
  • Magazine Luiza (MGLU3): - 16,62%

Que horas abre a bolsa de valores?

A bolsa de valores do Brasil, a B3, opera das 10h às 17h55 segundo o horário de Brasília. Essa negociação ocorre apenas nos dias da semana, de segunda-feira à sexta-feira. Nesse período, é possível escolher ações da bolsa para investir.

Ou seja: o horário de funcionamento da B3 é similar a um horário comercial. Também não há funcionamento nos dias de feriado.

Entretanto, alguns ativos específicos possuem horários de negociação diferenciados. Por exemplo: o Mercado a Termo vai das 10h às 17h25. Além disso, o Índice Futuro do Ibovespa vai de 9h até 17h.

A negociação com dólar futuro vai de 9h às 17h. Por fim, a negociação com juros futuros vai das 9h às 16h15, mas possui sessão estendida até as 18h.

Além disso, há ativos que possuem menos tempo de negociação: opções sobre Índice de Ações negociam entre 10h05 e 16h50; já o Mercado de Opções está aberto das 10h05 até 16h55.

Há, ainda, alguns horários específicos de pré-abertura, que ocorrem às 09h45 (15 minutos antes da abertura do mercado).

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