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Ibovespa afunda 3,4% com nova variante de Covid e fecha semana no vermelho

Bolsas internacionais recuam em bloco; setor de turismo e viagens lidera as perdas do dia

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 26 de novembro de 2021 às 18h23.

Última atualização em 26 de novembro de 2021 às 18h57.

A descoberta de uma nova variante de Covid na África do Sul assustou investidores de todo o mundo, inclusive no Brasil. O Ibovespa acompanhou as fortes quedas no mercado internacional e fechou o pregão desta sexta-feira, 26, em queda de 3,39%, aos 102.224. Já o dólar comercial subiu 0,55%, a 5,596 reais, após disparar mais de 1,5% nos primeiros negócios do dia.

A aversão a risco no exterior impediu o Ibovespa de alcançar o quarto pregão consecutivo de ganhos. Ontem o principal índice da B3 fechou em alta de 1,24%, em 105.811 pontos, 3,61% acima do pior fechamento do ano, no início da semana. Com o resultado de hoje, o Ibovespa inverteu o sinal e fechou a semana no vermelho, em queda de 0,71%.

O pregão de hoje foi de queda para as bolsas do mundo inteiro. Na Europa, o Stoxx 600 fechou em queda de 3,57% com destaque para a baixa do setor de viagens e turismo, que recuou 6,9% temeroso com a possibilidade de novos lockdowns. O Brasil espelhou o movimento, com Azul (AZUL4) liderando as maiores quedas do dia, recuando 14,18%. Na sequência, Gol (GOLL4) desabou 11,81%, CVC (CVCB3) caiu 11,07% e Embraer (EMBR3) recuou 8,41%.

A possibilidade de um novo fechamento das economias também afetou com força os preços do petróleo, que registraram a pior queda do ano de 2021. O Brent, referência para os papéis da Petrobras, despencou 11,35% e voltou para a casa dos 72 dólares. Já o petróleo WTI, referência no mercado americano, desabou 13,04% e baixou o preço dos barris para 68 dólares.

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Na bolsa, o resultado foi uma queda de 4,36% e 3,88% nos papéis da Petrobras (PETR3/PETR4) e de 8,74% para os da PetroRio (PRIO3).

 O minério de ferro também sofreu com a perspectiva de uma nova onda da Covid, e os preços fecharam em queda de 5,55% na China. A Vale (VALE3) acompanhou o movimento e caiu 2,64% 

Investidores temem que a variante prejudique a recuperação da economia e já começam, inclusive, a apostar que a prometida alta de juros nos Estados Unidos deve demorar mais para acontecer.

Por lá, os principais índices fecharam em forte queda, com o Dow Jones caindo 2,53%, no maior recuo do ano. Já o S&P 500 e o Nasdaq apresentaram quedas de 2,27% e 2,23%, respectivamente. Apesar da liquidação, os participantes do mercado observaram que a queda foi provavelmente exagerada pelo volume reduzido durante a sessão encurtada pós-Dia de Ação de Graças. Nesta sexta, as bolsas americanas operaram das 11h30 às 15h no horário de Brasília, em período reduzido.

Na parte micro, nem mesmo a Black Friday foi capaz de trazer alívio para a bolsa -- o setor de consumo recuou quase 4% mesmo com as expectativas apontando para um volume de vendas de 6,1 bilhões de reais em faturamento, 18% acima do registrado no ano passado. 

As duas únicas altas do Ibovespa no dia ficaram com Suzano (SUZB3) e Taesa (TAEE11), que avançaram 0,15% e 0,11%, respectivamente. Os papéis da Suzano acompanharam a alta do dólar. Do mesmo setor, as units da Klabin (KLBN11) recuaran 1,73%.

Na esfera política, permanecem no radar as tratativas para o andamento da PEC dos Precatórios. Segundo o jornal O Globo, o governo não tem votos suficientes para aprovar a proposta no Senado. A votação da proposta estava prevista para esta semana, mas foi adiada após parlamentares pedirem mais tempo para analisar o texto. A expectativa é que a votação seja realizada na próxima terça-feira, 30. 

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