Painel de cotações da B3, a bolsa de valores brasileira: Ibovespa encerra quarta-feira em alta (Germano Lüders/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 2 de abril de 2024 às 10h49.
Última atualização em 2 de abril de 2024 às 17h35.
O Ibovespa virou para alta e fechou esta terça-feira, 2, no azul. Com o apoio de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), o índice tem conseguido reverter o clima negativo que vem do mercado americano e subiu 4%, fechando aos 127.548 pontos.
As ações das blue chips acompanharam a alta das commodities de referência. A Vale avançou mais de 1% na esteira da alta de 3,09% do minério de ferro em Dalian, na China.
O petróleo, por sua vez, alcançou nova máxima em cinco meses com a escalada das tensões no Oriente Médio. O petróleo Brent, referência para os papéis da Petrobras, fechou o dia negociado em alta de mais de 2%. Como consequência, salto para as ações da estatal de quase 3%.
Nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos seguiu em alta, prejudicando a renda variável. O movimento vem na esteira da percepção dos investidores sobre a tendência de juros nos EUA. Dados da inflação da última semana e divulgações fortes da economia na última segunda-feira reduziram as expectativas de que a taxa de juros seja cortada na próxima reunião do Fed, banco central americano, em junho.
Os mercados já haviam tido um dia de queda ontem, e o clima negativo continua nesta terça-feira. O S&P 500, índice mais famoso do mercado americano, afundou 0,72%.
O dólar encerrou em leve baixa nesta terça-feira, 2, reduzindo o ritmo da véspera de olho, também, na valorização dos rendimentos dos Treasuries.
A pressão baixista vem também da valorização de commodities e com a previsão de um leilão extraordinário do Banco Central de até US$ 1 bilhão em swap cambial, realizado no início da tarde.
Foi a primeira vez desde dezembro de 2022 que o BC intervém no câmbio. Ontem, a moeda americana fechou a R$ 5,0591 em alta de 0,87% – a maior cotação desde 13 de outubro, após encerrar o primeiro trimestre com ganhos de 3,34%.
Os investidores avaliaram ainda o boletim Focus. A expectativa para a inflação deste ano ficou em 3,75%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção também permaneceu estável, em 3,51%.
Quanto às projeções da taxa Selic, o mercado manteve em 9% a mediana para a Selic no final deste ano e em 8 50% para 2025. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa para o crescimento deste ano foi elevada de 1,80% para 1,85%.
*Com informações de Estadão Conteúdo