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Ibovespa abre próximo à estabilidade na véspera do anúncio das tarifas americanas

Índice começou o dia em leve queda de 0,06%, aos 130.299 pontos; dólar opera em alta, depois de recuo expressivo em relação ao real no pregão de ontem

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 1 de abril de 2025 às 10h24.

O mercado brasileiro inicia o pregão desta terça-feira, 1º de abril, com o Ibovespa operando com atenção ao cenário internacional e a novas divulgações econômicas no Brasil. O índice abriu próximo da estabilidade, com leve queda de 0,06%, aos 130.299,37 pontos.

Na segunda-feira, 31, o Ibovespa fechou com baixa de 1,25%, aos 130.259 pontos, refletindo o ajuste do mercado ao fim do primeiro trimestre e as expectativas em relação às tarifas comerciais que os Estados Unidos vão divulgar nesta quarta-feira, 2.

O dólar, por sua vez, opera em alta de 0,27%, após uma queda expressiva de 0,98% na última sessão.

Ibovespa hoje

  • IBOV: -0,06 %, aos 130.299,37 pontos
  • Dólar hoje: R$ 5,72, alta de 0,27%

No radar hoje

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou para 0,44% no fechamento de março, após alta de 1,18% em fevereiro e de 0,72% na terceira quadrissemana do mês passado, conforme divulgação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 4,38%.

Já o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuou pelo terceiro mês consecutivo, caindo 0,6 ponto em março, para 94,0 pontos, o menor nível desde novembro de 2023.

O setor industrial brasileiro registrou uma desaceleração no ritmo de crescimento em março, com o PMI caindo de 53,0 para 51,8, conforme informou a S&P Global. O indicador segue acima da marca de 50,0 pelo décimo quinto mês consecutivo.

A produção industrial manteve um ritmo sólido de crescimento, mas os aumentos nos volumes de novos pedidos e na geração de empregos foram mais brandos. Além disso, as pressões inflacionárias diminuíram, com a inflação dos custos de insumos recuando para o menor nível em três meses e os preços de venda crescendo no ritmo mais fraco desde maio de 2024.

“Este cenário ressalta a resiliência entre as empresas em um momento de incerteza econômica, desafios comerciais, inflação elevada e altos custos de empréstimos", diz Pollyanna De Lima, diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence.

Mercados internacionais

Os mercados asiáticos apresentaram uma sessão positiva antes da divulgação oficial das tarifas ameriacanas. O S&P/ASX 200, da Austrália, subiu 1,04%, impulsionado pela decisão do Banco Central do país de manter os juros em 4,1%. O Nikkei 225, do Japão, fechou estável, enquanto o Topix teve alta de 0,11%. O Kospi, da Coreia do Sul, ganhou 1,62%.

Na China, o CSI 300 fechou estável, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,38%. O PMI chinês indicou expansão da atividade industrial, atingindo 51,2 em março, acima das expectativas.

Na Europa, os mercados abriram em alta, com o índice Stoxx 600 avançando 0,85% às 11h50 (horário de Londres). A inflação da zona do euro desacelerou para 2,2% em março, em linha com as projeções do mercado.

Nos Estados Unidos, os futuros de ações operam em baixa. Os futuros do Dow Jones caem 0,6% nesta manhã, enquanto os do S&P 500 recuam 0,4%, refletindo incertezas sobre o impacto das medidas protecionistas do governo americano.

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