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Ibovespa cai 5% após confirmação de novos casos de coronavírus no Brasil

Para analistas, alta volatilidade deve permanecer, pelo menos, até o fim do estágio de disseminação do vírus

Ibovespa: índice fechou na sessão anterior em alta de 1,6% (NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: índice fechou na sessão anterior em alta de 1,6% (NurPhoto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2020 às 10h16.

Última atualização em 5 de março de 2020 às 17h27.

São Paulo —  O Ibovespa ampliava queda nesta quinta-feira (5), após o aumento de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Às 17h11, o principal índice da B3 recuava 5,02% e ficava em 101.842,34 pontos.

O Ministério da Saúde confirmou que há oito casos positivos para coronavírus no Brasil. Seis estão em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um no Espírito Santo.

Após o terceiro caso da doença confirmada no Brasil, as companhias aéreas GOL e Azul lideravam as quedas do Ibovespa, recuando 16,89% e 12,98%, respectivamente. As ações da agência de turismo CVC também ficavam entre as maiores baixas, caindo 9,96%. Na outra ponta, as ações da rede farmácias Raia Drogasil lideravam as altas do índice, subindo 0,47%. Após abrir em alta impulsionada pela troca de direção, as ações do IRB Brasil, voltaram a se desvalorizar na bolsa, caindo 12,34%. Somente neste mês, o ativo acumula depreciação de 57,12%.

Com mais peso no Ibovespa, os papéis da Vale caia 4,14% e Petrobras caia 6,51%, depois de terem registrado alta na sessão anterior, e pressionavam o índice para baixo.

"Do lado ocidental, o temor do coronavírus impacto na economia da Europa, principalmente Itália e Alemanha pesam no humor dos investidores nas bolsas de valores da região" escreveram analistas da Mirae Asset em relatório. No velho continente, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,43%. Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, ainda sentindo os efeitos do otimismo de ontem (4), quando o S&P 500 fechou subiu mais de 4%.

Para analistas da Guide Investimentos, a alta volatilidade deve se manter no mercado por algum tempo, pelo menos até o fim do estágio de disseminação do vírus. "A preocupação com a desaceleração do crescimento global continua promovendo volatilidade nos mercados e não acreditamos que haverá mudanças significativas nesta dinâmica no curto prazo", escreveram em relatório.

O surto de coronavírus já provocou mais de 3.198 mortes e infectou mais de 93 mil pessoas em cerca de 76 países e territórios.

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