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Ibovespa hoje: índice fecha na máxima com bateria de resultados trimestrais

Bolsa acompanha andamento dos mercados nos EUA após divulgação de dados sobre confiança do consumidor

Painel com cotações no ambiente da bolsa brasileira antes da pandemia Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações no ambiente da bolsa brasileira antes da pandemia Germano Lüders (Germano Lüders/Exame)

O Ibovespa encerrou esta sexta-feira, 12, em forte alta, impulsionado pelo cenário de alta no mercado americano. O índice reagiu ainda à bateria de resultados trimestrais, que fizeram disparar diversas ações do Ibovespa. 

Na semana, o índice acumulou uma valorização de 5,91%. Nesta sexta, o Ibovespa encerrou o pregão na máxima do dia.

A maior alta do dia foi das ações do Magazine Luiza (MGLU3). Apesar do balanço mais fraco, analistas destacam melhora na geração de caixa e perspectivas positivas para a empresa no segundo semestre

Os papéis da Via (VIIA3), que também apresentou seu resultado na última noite, acompanharam a alta. A empresa apresentou queda na lucratividade, mas conseguiu se manter no positivo, lucrando R$ 6 milhões no segundo trimestre.

Já as ações da Hapvida (HAPV3) saltaram quase 17% mesmo com a companhia apresentando prejuízo no segundo trimestre. 

No balanço, divulgado na véspera, a operadora de planos de saúde surpreendeu com o crescimento orgânico acima do esperado e redução de sinistralidade. Os dados surpreenderam o mercado, e analistas passaram a recomendar a compra dos papéis.

Ainda em reação à temporada de balanços, as ações da Natura (NTCO3) e da Sabesp (SBSP3) lideraram as baixas do dia. A Natura teve prejuízo de R$ 767 milhões no segundo trimestre, enquanto a Sabesp registrou queda de 45,5% em seu lucro líquido, para R$ 422,4 milhões.

Impulso da Petrobras

Voltando ao campo positivo, os papéis da Petrobras (PETR3/PETR4) avançaram mais de 6% e ajudaram a dar sustentação ao Ibovespa. As ações se recuperaram da baixa da véspera e fecharam o dia na contramão da queda do preço do petróleo. 

“O movimento da Petrobras envolve questões políticas. Os dois cortes no preço do diesel nos últimos dias pressupõem que não haverá novos conflitos com o governo ou intervenções”, avalia Gustavo Cruz, analista da RB Investimentos.

Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos, avalia ainda que o movimento está relacionado ao dia positivo para as ações no exterior, que atraem o investidor estrangeiro para as blue chips – as maiores e mais líquidas companhias da bolsa local. 

“Como um dos principais ativos da bolsa brasileira, a Petrobras sobe apoiada no maior apetite por risco no mercado global. Como outras petrolíferas, é um papel que apresentou ótimos resultados no trimestre, mas ainda assim, não está tão valorizado quanto os pares, demonstrando que ainda há espaço para subir”, diz.

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Cenário positivo nos EUA

O clima positivo para o Ibovespa foi influenciado também pelos Estados Unidos. Por lá, os principais índices avançaram em resposta aos dados positivos sobre a inflação, divulgados ontem, que poderiam limitar a alta dos juros do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Além disso, os dados sobre a confiança do consumidor, que saíram superiores ao consenso em divulgação nesta sexta, também estão impulsionando os mercados.

Os dados sobre a confiança do consumidor americano atingiram 55,1 em agosto, mais do que a expectativa de 52,5 pontos.

  • Dow Jones (Nova York): + 1,27%
  • S&P 500 (Nova York): + 1,73%
  • Nasdaq (Nova York): + 2,09%

O câmbio também reagiu positivamente ao cenário favorável ao risco, com o dólar caindo 1,6%, negociado por volta de R$ 5,07. No acumulado da semana, marcada por dados de inflação melhores do que o esperado dos EUA, a moeda americana caiu 1,8%. 

  • Dólar comercial: - 1,63%, R$ 5,074

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