Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)
Repórter
Publicado em 10 de abril de 2023 às 09h26.
Última atualização em 10 de abril de 2023 às 10h05.
Mesmo as maiores empresas do Brasil já sentem os duros efeitos da alta de juros, com resultados impactados tanto pelo lado da dívida quanto da receita. Levantamento feito pelo TradeMap a pedido da Exame Invest revelou que 65% das companhias do Ibovespa tiveram prejuízo ou queda de lucro em 2022. Foram 53 de um total de 81 empresas que compõem o principal índice da bolsa de valores brasileira.
Reflexo da desaceleração econômica, esse efeito tende a ter sido ainda maior em empresas distantes dos holofotes do mercado brasileiro, com piores condições de financiamento.
Foram 15 empresas do Ibovespa que apresentaram prejuízo em 2022. O pior resultado em termos nominais ficou com a BRF, com prejuízo líquido de R$ 3,14 bilhões no ano passado contra R$ 437,4 milhões de lucro no ano anterior.
Braskem, Hapvida, Magazine Luiza, MRV, GPA e Yduqs também passaram a registrar resultado negativo em 2022. Das 9 empresas do Ibovespa que tiveram prejuízo em 2021, somente duas passaram a dar lucro no ano passado: Cielo e Locaweb.
Entre as empresas que tiveram as maiores quedas de lucro no ano passado, desconsiderando eventuais ajustes contábeis, estiveram Iguatemi, Raízen, Alpargatas e CSN. Do lado oposto, 3R, CCR e Rumo foram os destaques positivos, com crescimento de lucro líquido.
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