Radar: destaque entre os indicadores é o IBC-Br (Nelson_A_Ishikawa/Thinkstock)
Repórter de finanças
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 08h30.
Após semanas de pressões nos ativos, o mercado ganhou fôlego na sessão anterior após dados da inflação dos Estados Unidos virem abaixo do esperado. O resultado foi uma forte queda nos juros futuros americanos, que puxaram a curva brasileira para baixo e elevaram a bolsa em 2,8%, a maior alta diária desde maio de 2023.
Nesta quinta-feira, 16, os EUA divulgam os dados de vendas do varejo, que ajudam a medir a temperatura da economia por lá e a dar mais pistas sobre os próximos passos da política monetária – ontem, as apostas para o primeiro corte migraram de julho para junho de 2025.
Por aqui, o grande destaque é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), que será divulgado às 9h. O indicador é conhecido como a prévia do Produto Interno Bruto (PIB).
A Fazenda também publica nesta quinta-feira, 16, o Prisma Fiscal, sobre as variáveis econômicas e fiscais em 2025/2026.
Além dos dados do varejo, o mercado também aguarda os pedidos de seguro desemprego semanais, às 10h30. Na sequência, às 13h, Williams, membro do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) discursa às 13h.
Nas estimativas, o crescimento das vendas do varejo dos EUA deve desacelerar a 0,6% em dezembro, de 0,7% em novembro, segundo a mediana do Broadcast. Já no mercado de trabalho, contrariando a força do payroll, os pedidos de auxílio-desemprego devem registrar alta de 13 mil, para 214 mil.No radar corporativo, após uma leva de resultados recordes de cinco grandes instituições financeiras (Citi, JP Morgan, BlackRock, Goldman Sachs e Wells Fargo), hoje é a vez do mercado conhecer os números do BofA e Morgan Stanley, no pré-mercado.
Os papéis da Azul (AZUL4) dispararam 6% no pós-mercado desta quarta-feira, 15, após a companhia anunciar que assinou um memorando de entendimento com a Abra, holding que controla a Gol, para combinar suas operações no Brasil, fortalecendo a posição do país no mercado global de aviação.
Segundo comunicado da Azul, o acordo busca unir as estratégias das empresas sem fundir marcas ou certificados operacionais, preservando a identidade de cada companhia.
O plano prevê que a nova estrutura será liderada pela Abra como maior acionista, em um modelo de corporation. Durante os três primeiros anos, o chairman será indicado pela Abra, enquanto a Azul nomeará o CEO. O conselho será composto por nove membros, com igual representação entre as partes e três nomes independentes.