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IBC-Br, inflação da Europa e déficit zero: 3 assuntos que movem o mercado

Ibovespa vem de seu maior patamar em dois anos, após governo reafirmar compromisso com meta fiscal

Fernando Haddad: ministro da Fazenda  (Leandro Fonseca/Exame)

Fernando Haddad: ministro da Fazenda (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 17 de novembro de 2023 às 08h40.

Última atualização em 17 de novembro de 2023 às 10h03.

As bolsas internacionais iniciaram esta sexta-feira, 17, em alta, ainda refletindo os dados de inflação que saíram abaixo das expectativas nos Estados Unidos no início da semana. Os números mais fracos levaram investidores a descartarem qualquer possibilidade de uma nova alta de juros do Federal Reserve e a anteciparem as apostas para cortes de juros. O mercado precifica nesta manhã mais de 50% de chance de o ciclo de cortes iniciar em maio e em 35% a probabilidade de o início ser já em março.

Inflação da Europa

Os dados revisados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Zona do Euro saíram em linha com as expectativas nesta sexta, com alta anual de 2,9% e mensal de 0,1%. Os núcleos do IPC, no entanto, seguem em níveis mais altos, rodando a 4,2% no acumulado de 12 meses.

IBC-Br

No Brasil, a principal divulgação será a do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de setembro, previsto para esta manhã. O dado é considerado uma prévia do produto interno bruto (PIB) do país A projeção mediana da Refinitiv para o IBC-Br é de uma alta de 0,2%. As previsões no mercado, no entanto, são díspares. O economista André Perfeito, por exemplo, prevê uma queda de 0,8%.

"Dados de economia mais fraca do lado da oferta podem forçar o BC a retirar da sua comunicação o argumento que terá que deixar a taxa de juros em 'terreno contracionista'. Se isto se confirmar, o final do ciclo de juros de 2024 pode ser menor que inicialmente projetado", comentou em nota.

Déficit zero

No último pregão, o Ibovespa fechou em firme alta de 1,20%, no maior patamar em dois anos, após o governo ter reafirmado o compromisso em perseguir a meta fiscal de déficit zero no ano que vem. A possibilidade chegou a ser posta em dúvida no fim do mês passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provocando reações negativas no mercado. Entre investidores, todos sabem da dificuldade de zerar o deficit primário. Mas esperava-se um maior afinco em atingir tal objetivo. O afinco está aparentemente de volta -- assim como o otimismo de investidores. Ao menos por ora, a equipe econômica do governo, liderada pelo ministro Fernando Haddad, saiu vitoriosa.

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