Cláudio Bergamo, diretor presidente da Hypermarcas: a demanda por ações da empresa aumentou diante da venda de R$ 445 milhões em ativos de limpeza e alimentos (Germano Luders/Exame)
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2012 às 10h48.
São Paulo - A Hypermarcas SA conseguiu levantar suas ações para o segundo melhor desempenho do ano após mudar sua estratégica para se concentrar em produtos farmacêuticos e consumo.
O papel acumula alta de 58 por cento neste ano até o fechamento de ontem, o melhor desempenho entre os membros do Ibovespa, atrás apenas da Cia. de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Isso se compara à queda de 62 por cento no ano passado, a quarta pior do índice.
A demanda por ações da empresa aumentou diante da venda de R$ 445 milhões em ativos de limpeza e alimentos e a estratégia de crescer nos setores com maior rentabilidade, cosméticos e farmacêuticos. No Brasil, as famílias gastaram US$ 43 bilhões em produtos para cuidados pessoais e beleza em 2011, o terceiro maior mercado do mundo atrás dos Estados Unidos e Japão, segundo dados da empresa de pesquisas Euromonitor International Ltd. As vendas de remédios podem dar um salto de 74 por cento, para US$ 52 bilhões até 2016, de acordo com a IMS Health Inc.
“A estratégia de focar no segmentos farmacêutico, beleza, com margens mais elevadas, foi uma decisão inteligente,” disse por telefone João Pedro Brugger, gestor de carteira da Leme Investimentos em Florianópolis. “A empresa vinha com uma estratégia agressiva com diversificação e aquisições de várias empresas, que acabou prejudicando a operação e geração de caixa.”
“A companhia considera os mercados de medicamentos e beleza e higiene pessoal os mais atrativos dadas as perspectivas de rentabilidade e crescimento, relacionadas a fatores demográficos como expansão da classe média, com aumento da renda média e baixo desemprego, além do envelhecimento da população”, disse a Hypermarcas em resposta enviada por e-mail.