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Hypera (HYPE3) salta 7% após acordo de leniência sair melhor que o esperado

Fundador e principal acionista da empresa, João Alves de Queiroz Filho, ficou integralmente responsável pela multa no processo de corrupção

Hypera: papéis chegaram a registrar maior alta em 18 meses na máxima do dia (Jon Nazca/Reuters)

Hypera: papéis chegaram a registrar maior alta em 18 meses na máxima do dia (Jon Nazca/Reuters)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 1 de junho de 2022 às 12h00.

Última atualização em 1 de junho de 2022 às 18h09.

As ações da farmacêutica Hypera (HYPE3) dispararam 7,66% na bolsa nesta quarta-feira, 1, após o mercado avaliar como “melhor que o esperado” o acordo de leniência firmado com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia Geral da União (AGU) para encerrar o processo de corrupção contra a empresa. A ação teve início com a Operação Tira-Teima, lançada em 2018, que envolvia a apuração de pagamentos de propinas a políticos

O valor da multa, de R$ 110 milhões, veio abaixo das expectativas, e o pagamento ficará integralmente a cargo do fundador e maior acionista da companhia, João Alves de Queiroz Filho. Na avaliação dos analistas do Morgan Stanley, o imbróglio chega ao fim “sem impacto para a empresa ou demais acionistas”, o que pode destravar valor para a empresa.

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A expectativa é que a notícia seja um catalisador para as ações da Hypera, uma vez que o acordo confirma que a empresa não se beneficiou das irregularidades, eliminando o risco de que a operação custasse uma mudança nos benefícios e incentivos fiscais hoje conferidos à Hypera. 

“O acordo deve desbloquear valor a nosso ver, uma vez que põe fim a preocupações relacionadas a uma multa bilionária e não coloca em risco os benefícios fiscais”, informou relatório do Bradesco BBI, obtido pela Bloomberg.

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