HSBC reitera sua recomendação de overweight (alocação acima da média de mercado) para as ações ordinárias da OGX, com preço-alvo em 26,50 reais (Fernando Cavalcanti)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2010 às 13h00.
São Paulo – Após uma bateria de encontros envolvendo analistas e executivos da OGX (OGXP3), um relatório publicado nesta segunda-feira (6) pelo HSBC destaca o potencial da companhia de petróleo do bilionário Eike Batista.O banco reitera sua recomendação de overweight (alocação acima da média de mercado) para as ações ordinárias da companhia, com preço-alvo fixado em 26,50 reais, um potencial de valorização de 29,7%.
Dentre os pontos destacados pela analista Anisa Redman está a atuação da companhia na Bacia do Parnaíba, localizada no nordeste brasileiro. “A Bacia do Parnaíba gerou fluxo de notícias encorajador nos últimos meses. A OGX descobriu 15tcf (trilhões de pés cúbicos) de gás, o que dificilmente alguém incorpora em seus modelos de avaliação ainda. Avaliado em US$5,6/mil metros cúbicos e ajustado por um fator de recuperação conservador de 20% e lucratividade de 30% da taxa de sucesso, Parnaíba adicionaria US$5 bilhões, ou 10% à nossa avaliação da OGX”, considera Anisa.
O relatório afirma ainda que a OGX acelerou seu plano de exploração do Parnaíba, renovando o interesse da Petrobras na área. “As preocupações dos investidores sobre o excesso de oferta iminente do mercado de gás doméstico podem ser acalmadas pela existência de um grande cliente para o gás da OGX, sua empresa-irmã MPX”, destaca a analista.
Farm-out
Para o HSBC, os acordos recentes no setor de petróleo e gás do Brasil podem melhorar as chances de garantir uma boa avaliação do farm-out da OGX. Anisa Redman lembra que a HRT Participações em Petróleo teve seus recursos avaliados em US$5,4/barril de óleo equivalente (boe), enquanto, atualmente, a avaliação de mercado da OGX está em US$4,2/boe de recursos potenciais.
“Em nossas conversas com Eike Batista, ele disse estar convencido que esses ativos valem US$15/barril”, revela a analista. Porém, nossas conversas com investidores da América Latina indicam uma avaliação mais realista de US$8,5/barril dos blocos da OGX na bacia de Campos, pelo menos até a empresa lançar sua produção e contabilizar reservas comprovadas em seu balanço patrimonial”, diz o banco.
Em nota
A OGX reforçou hoje, em nota ao mercado, que o processo de venda de seu farm-out nos blocos na Bacia de Campos segue em andamento durante o ano de 2011, sem data prevista para ser concluído. “A OGX segue com sólida posição financeira, com mais de US$ 3 bilhões em caixa, o suficiente para suportar todos os compromissos exploratórios e ainda o início do desenvolvimento da produção”, afirma o comunicado.
A nota também afirma que a petroleira já iniciou os trabalhos com a consultoria norte-americana DeGolyer & MacNaughton para uma nova avaliação de seus recursos das bacias de Campos e do Parnaíba. A conclusão está prevista para o inicio de 2011.