Sinergias melhores que a esperada no processo de integração entre Vivo e Telesp pode potencializar ações (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2011 às 15h00.
São Paulo – A incorporação da Vivo, operadora de telefonia móvel com grande expansão, pela “defasada” e “desafiadora“ Telesp (TLPP4), companhia de telefonia fixa com desempenho abaixo da média do mercado, deve gerar “um bom, mas não grande crescimento” para a nova empresa formada, resultando na “falta de sucesso”, avalia a equipe de pesquisa do HSBC.
Em relatório, os analistas Richard Dineen e Sean Glickenhaus ampliaram o preço-alvo das ações preferenciais da Telesp de 41 reais para 50 reais até o final de 2011, o que representa um potencial de valorização de 9,05% frente à cotação de 45,85 reais registrada no fechamento do último pregão.
O HSBC explica que a “nova Telesp” apresentará um “crescimento modesto” nos próximos dois anos, já que a grande perspectiva de crescimento para a divisão de telefonia móvel é ao mesmo tempo diluída pela expansão estável esperada para a telefonia fixa.
Segundo Dineen e Glickenhaus, a fusão da Vivo com a Telesp deve apresentar um “resultado intermediário”, com crescimento na receita consolidada de 6% em 2011, estimam. Apesar dessa “falta de sucesso” no curto prazo, o HSBC acredita que o próximo ano possa reservar pontos mais positivos do que negativos para a nova empresa.
“No futuro, vemos um momento favorável de vários anos no segmento de telefonia móvel, pois a penetração residual dos serviços de voz está associada à adoção de dados para motivar o crescimento elevado da receita do segmento”, declararam os analistas.
Dineen e Glickenhaus alertam que, como algo mais negativo em termos de telefonia fixa, está a perspectiva da “poderosa alternativa” GVT, que deve começar a atuar em São Paulo a partir de 2012. Como fatores que podem potencializar as ações da “nova Telesp”, o HSBC destaca as sinergias melhores que o esperado do processo de integração entre ambas as empresas.