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1/8 (Divulgacao)
São Paulo - Reduzindo seu entusiasmo com os bancos de médio porte, o HSBC apresentou em seu relatório revisões de suas recomendações. “Acreditamos que algumas avaliações dos bancos de médio porte foram além de suas perspectivas de fundamentos. Os riscos de baixa incluem condições de captação mais rígidas e uma possível queda em qualidade de crédito com qualquer possível desaceleração de médio prazo no crescimento do PIB”, avaliam os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago. Eles destacam ainda que a sólida perspectiva de fundamentos para o Brasil motivou a reclassificação das ações. “O setor de bancos de médio porte do Brasil apresentou recuperação, considerando o forte crescimento na demanda de crédito nos segmentos de pequenas e médias empresas e também do consumo. Além disso, esses bancos foram beneficiados pelo acesso imediato a mercados de capitais para captação, e um mercado doméstico mais ativo em cessões de crédito. Os investidores alternaram entre esses bancos de médio porte como apostas de crescimento de ciclo tardio orientado por valor. Acreditamos que agora é o momento de diferenciá-los qualitativamente, visando o melhor acesso às perspectivas diferentes das ações”, justifica o relatório do HSBC. Confira nas próximas páginas a visão do banco para 7 bancos médios listados na BM&FBovespa:
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2. Banco Daycoval: margens preocupam
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Acreditando que o potencial de valorização do preço das ações do Banco Daycoval (DAYC4) está quase totalmente descontado, o HSBC rebaixou a recomendação para as ações de overweight (desempenho acima da média de mercado) para Neutral (desempenho em linhas com a média de mercado). “ Nossa principal preocupação com o Daycoval diz respeito às menores margens e seu impacto em 2011, associado ao crescimento mais lento do crédito”, explica o HSBC. O preço-alvo para o Daycoval foi elevado de 11,50 reais para 13 reais. “Nosso novo preço-alvo implica um múltiplo alvo de 11 vezes para nossa estimativa de lucro por ação ao final de 2011 (1,17 real)”.
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3. Cruzeiro do Sul: Fraco desempenho e recomendação rebaixada
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3/8 (Germano Luders/EXAME.com)
A incerteza quanto à perspectiva de financiamento no curto prazo é um dos fatores que justificam o rebaixamento na classificação para underweight (desempenho abaixo da média de mercado) para as ações do Cruzeiro do Sul (CZRS4). “Além disso, o banco registrou até no primeiro semestre de 2010 um crescimento de crédito mais lento, maiores custos de captação e maiores despesas operacionais”, atenta o HSBC. Os analistas Victor Galliano e Mariel Santiago destacam que as ações do Cruzeiro do Sul são negociadas a prêmios de 50% para os múltiplos P/L (preço/lucro) ao final de 2011 e 60% para os múltiplos P/VP (preço/valor patrimonial) também ao final de 2011 em relação aos bancos de médio porte com classificação de overweight (desempenho acima da média de mercado). O preço-alvo para as ações preferenciais do Cruzeiro do Sul foi elevado de 11,50 reais para 13 reais. Em 2010, as ações do banco apresentam uma valorização de aproximadamente 23%.
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4. Banco Sofisa: menores margens
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4/8 (EXAME.com)
Os principais riscos apontados no caso do Banco Sofisa (SFSA4) são as menores margens de intermediação financeira e custos relacionados ao seu processo de reestruturação. “Rebaixamos as ações do Banco Sofisa para neutral (desempenho em linha com a média de mercado), pois acreditamos que o mercado já precificou muito de seu potencial de alta”, afirmam Victor Galliano e Mariel Santiago. Além disso, o relatório cita que a concorrência e a mudança no mix de crédito com a substituição de empréstimos no varejo por crédito a pequenas e médias empresas devem adicionar pressão às margens do banco no curto prazo. O preço-alvo para as ações preferenciais do banco foi ligeiramente elevado, de 5,50 reais para 6 reais.
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5. Banco Pine: venda!
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5/8 (EXAME.com)
Quando o assunto é o Banco Pine (PINE4), Victor Galliano e Mariel Santiago chamam atenção para o fato de que o mercado já precificou muito o potencial de alta das ações e, por esta razão, a recomendação foi rebaixada para underweight (desempenho abaixo da média de mercado). “Em nossa opinião, os principais riscos a respeito dos fundamentos do Banco Pine são a mudança do mix de crédito com maior peso de pequenas e médias empresas e seu impacto sobre as margens de intermediação financeira. Além disso, a concorrência no segmento de PMEs das empresas de grande porte no Brasil deve impedir a expansão de margens no curto prazo”, avalia a dupla de analistas. O preço-alvo para as ações preferenciais do banco foi fixado em 15,50 reais, ante os 11,50 indicados em relatório anteriores. O Banco Pine divulga seus números referentes ao terceiro trimestre de 2010 nesta terça-feira (9).
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6. ABC Brasil: Qualidade de crédito é o ponto forte
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6/8 (EXAME.com)
A classificação de Overweight (desempenho acima da média de mercado) para as ações do ABC Brasil (ABCB4) é justificada pelos analistas por meio de sua base sólida de captação, que deve auxiliar o crescimento saudável do crédito, especialmente no segmento de pequenas e médias empresas. Além disso, os analistas destacam que o banco possui o melhor índice de inadimplência dentre seus pares de médio porte, com níveis históricos abaixo de 1% e a recuperação mais rápida na formação de créditos inadimplentes, o que mostra sua forte qualidade de crédito. “Elevamos nosso preço alvo, passando do valor anterior de 15,50 reais para 21,00 reais, motivados principalmente por uma maior taxa de crescimento no longo prazo (5% em comparação ao número anterior de 4%) e expansão de múltiplos. Nosso novo preço-alvo implica um múltiplo alvo de 10,7 vezes para nossa estimativa de lucro por ação ao final de 2011 (1,96 real)”, explicam Victor Galliano e Mariel Santiago.
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7. BicBanco: Um grande entre os médios
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7/8 (Wania Corredo/EXAME.com)
Para Victor Galliano e Mariel Santiago, a sólida base de captação e alta liquidez do BicBanco (BICB4) devem sustentar um nível saudável de crescimento do crédito, especialmente no segmento de pequenas e médias empresas, suas principais operações. “Nossa classificação de overweight (desempenho acima da média de mercado) para as ações do BicBanco tem como base a geração de ROE (rentabilidade sobre patrimônio), que é de alta qualidade dentre os pares de médio porte, sendo mais próxima da apresentada pelos bancos de grande porte no Brasil”, descreve o relatório. O preço-alvo para as ações preferenciais foi elevado de 17,50 reais para 19,50 reais. Um dos principais motivos para o otimismo é a maior taxa de crescimento no longo prazo (4% em comparação ao número anterior de 3,5%).
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8. Paraná Banco: Sem grandes promessas
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8/8 (Divulgação/EXAME.com)
Com recomendação neutral (desempenho em linha com a média de mercado), o HSBC aumentou seu preço-alvo o Paraná Banco (PRBC4) de 10,50 reais para 13,50 reais. Contudo, os analistas atentam para o pequeno potencial de valorização dos papéis. “Reduzimos nossa projeção de lucro líquido para 2010, devido, principalmente, a expectativas de menores margens de intermediação financeira de crescimento do crédito. Além disso, apesar de uma alta concentração em crédito consignado, o Paraná possui o pior índice de inadimplência e o menor índice de cobertura dentre os pares de médio porte”, afirmam Victor Galliano e Mariel Santiago. No ano, as ações preferenciais do Paraná Banco apresentam valorização de 50%.