Londres - O presidente do banco HSBC, o escocês Douglas Flint, alertou nesta sexta-feira que a vitória do "sim" no referendo de independência da Escócia pode se traduzir em uma fuga de capitais.
Em um artigo que publicou a título pessoal no jornal britânico The Daily Telegraph, Flint estima que qualquer opção que o governo escocês escolha para sua nova moeda um dia após votar a favor de sua independência "será complexa e cheia de perigos".
"Na pior das hipóteses, a incerteza sobre as disposições monetárias da Escócia podem propiciar uma fuga de capitais do país, deixando seu sistema fiscal em um estado perigoso", escreveu Flint, que se descreve no artigo como um escocês no exílio.
Os independentistas, liderados pelo chefe de Governo regional Alex Salmond, querem seguir usando a libra se vencerem o referendo de 19 de setembro. Também desejam ter um papel na instituição responsável pela política monetária, o Banco da Inglaterra, ao estilo da Eurozona.
Mas os três principais partidos britânicos - conservador, trabalhista e liberal - se comprometeram a impedi-lo nas negociações posteriores a uma eventual vitória do "sim" no referendo.
Diante deste panorama, os defensores da independência descartaram criar uma nova divisa ou se somar ao euro, razão pela qual a opção mais plausível seria utilizar a libra esterlina como o Equador e o Panamá usam o dólar, uma possibilidade que já foi batizada de "esterlinização".
Em resumo, diz Flint, a independência abre um período de incerteza que não compensa as atuais vantagens de pertencer ao Reino Unido.
"Aqueles que sugerem renunciar às vantagens do status quo estão propondo dar um grande passo à incerteza econômica: sabemos ao que renunciamos, mas o resultado é imprevisível".
A menos de um mês do referendo, as pesquisas apontam para uma vitória clara dos defensores da permanência da Escócia no Reino Unido.
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1. Bovespa
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1/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
São Paulo - Com base em cinco temas de investimento, o
HSBC escolheu seus 10 papéis preferidos no Brasil de uma perspectiva de estratégia de ações. O relatório é assinado por André Carvalho e Francisco V. Machado. A escolha do banco baseia-se em um cenário de
real desvalorizado (bom para exportações e substituição de importações), perspectivas melhores para o
consumo (especialmente para bens não duráveis, itens de ticket baixo e créditos inadimplentes) recessão improvável neste e no próximo ano - mas com riscos cada vez maiores- possível surpresa com alguma alta da inflação e as eleições em 2014. Se o atual cenário de corrida eleitoral apertada prevalecer até as eleições, a probabilidade de recessão em 2015 provavelmente será alta “e o governo pode continuar a usar as empresas/bancos estatais para implementar sua política”, segundo o relatório. O relatório afirma que foi atribuído peso igual a cada ação e adotado o MSCI Brasil como a referência. A seleção se fundamenta em uma visão macroeconômica e é beneficiada pelas preferências dos analistas do HSBC para a América Latina em seus respectivos setores. O horizonte de investimento é de um ano e a seleção será atualizada conforme necessário.
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2. Vale (VALE5)
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2/11 (Gianluigi Guercia/AFP)
O desempenho da
Vale (
VALE5) está ligado ao comportamento da China, das commodities e do real. Segundo o HSBC, hoje, o papel sofre o efeito negativo dos temores excessivos de um "pouso forçado" na China e refletem preços do minério de ferro abaixo da projeção do banco. A empresa também é favorecida pela desvalorização do real. Também são bem vistas as iniciativas de cortes de custos, venda de ativos e recuperação de metais básicos. A recomendação do HSBC é overweight (alocação acima da média de mercado) para um preço alvo de 41 reais.
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3. Fibria (FIBR3)
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3/11 (GERMANO LUDERS)
A
Fibria (
FIBR3) também se beneficia da desvalorização do real e da visão otimista com relação aos preços da celulose em relação ao consenso. Há outros fatores que colaboram para o pape, ficar entre os preferidos, como a contínua desalavancagem do balanço, a expansão da margem ebitda e possível obtenção de grau de investimento em 2014. A recomendação do HSBC é de alocação acima da média de mercado para um preço alvo de 30,5 reais.
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4. Suzano (SUZB5)
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4/11 (Bia Parreiras)
Os principais catalisadores para a ação são uma estabilização nos preços da celulose depois do verão, tendências de desvalorização do Real e incremento do projeto no Maranhão, segundo o HSBC. A ação é negociada a um VF/EBITDA de 8,8x para 2014. De acordo com o HSBC, a
Suzano (
SUZB5) tem o melhor perfil de crescimento da produção em curto prazo da região. A recomendação do HSBC é de alocação acima da média de mercado para um preço alvo de 10,75 reais.
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5. Ultrapar (UGPA3)
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5/11 (Lia Lubambo/EXAME.com)
Na
Ultrapar (
UGPA3) o HSBC destaca a sólida perspectiva para as vendas de combustíveis, as altas margens ebitda na Ipiranga e características defensivas e de resiliência de seus segmentos de negócio. “A administração tem um histórico expressivo e a governança corporativa da empresa é alta”, afirma o HSBC, para quem os principais catalisadores continuam sendo os resultados operacionais sólidos e a diferença no preço doméstico de combustíveis, que subsidia o consumo. A recomendação do HSBC é de alocação acima da média de mercado para um preço alvo de 62 reais.
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6. Hypermarcas (HYPE3)
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6/11 (Divulgação/Hypermarcas)
A
Hypermarcas (
HYPE3) deve se beneficiar da recuperação do consumo que o HSBC prevê para o segundo semestre. Iniciativas da empresa para consolidar as plataformas de fabricação e logística também devem dar resultados – aumento da eficiência, expansão de margens, melhores fluxos de caixa e desalavancagem financeira. A empresa pode se beneficiar de uma redução nos impostos sobre medicamentos, se essa for implementada, e pela substituição de importados. A recomendação do HSBC é de alocação acima da média de mercado para um preço alvo de 19,5 reais.
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7. Ambev (AMBV4)
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7/11 (Paulo Fridman/Bloomberg News)
Para a
Ambev (
AMBV4), a expectativa é de uma melhoria no crescimento no segundo semestre resultante da estratégia de preços de embalagens, além de uma exposição favorável ao custo de commodites e do foco em marcas premium e em inovação. A recomendação do HSBC é de alocação acima da média de mercado para um preço alvo de 101 reais.
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8. Telefônica Brasil (VIVT4)
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8/11 (Angel Navarrete/Bloomberg)
Para o HSBC, a
Telefonica Brasil (
VIVT4) tem a rede de ativos de maior qualidade do setor, baixa alavancagem e administração qualificada. O principal atrativo para a ação é o dividend yield (retorno) generoso e com boa cobertura, de 8-8,5% em 2013-14E, e um ambiente regulatório mais estável. A recomendação do HSBC é neutra para um preço alvo de 58 reais.
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9. Bradesco (BBDC4)
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9/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
Para o HSBC, a redução no crescimento dos custos é uma melhoria relevante para o
Bradesco (
BBDC4), considerando o alto número de agências abertas durante 2011-12. O HSBC também acredita que o Bradesco deve ser favorecido pela perspectiva de sólido crescimento na indústria de seguros do Brasil. Os principais catalisadores são taxas de desemprego estáveis, levando a reduzir a percepção de risco no que se refere à inadimplência. A recomendação do HSBC é de alocação acima da média de mercado para um preço alvo de 40 reais.
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10. Cielo (CIEL3)
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10/11 (Divulgação)
Para a
Cielo (
CIEL3), os principais catalisadores continuam sendo um ambiente competitivo e regulatório racional, que permita a contínua penetração do mercado, com altas margens. Para o HSBC, o papel seria um meio defensivo de se expor ao consumo amplo das famílias e ao aumento da inflação. Contribuiriam positivamente para a ação, a redução nos temores regulatórios, o cenário competitivo racional e a retomada do espírito de consumo. A recomendação do HSBC é neutra para um preço alvo de 54,1 reais.
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11/11 (Paulo Fridman/Bloomberg News)