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HRT perde atratividade após fracasso de concorrente

A situação da HRT piorou desde que um concorrente perfurou um poço seco na Namíbia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 13h14.

Rio de Janeiro - A HRT Participações em Petróleo SA, que acumula a maior queda entre as empresas que abriram capital na América Latina nos últimos dois anos, fica cada vez menos atraente para parceiros potenciais na Namíbia. Principalmente após um concorrente ter perfurado um poço seco no país africano.

O valor das licenças de exploração da HRT na Namíbia, únicas concessões em mar detidas pela empresa carioca, está em queda depois que a Chariot Oil & Gas Ltd. perfurou um segundo poço seco na região, disseram os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, do Banco Itaú BBA SA. Antes da frustração do concorrente na Namíbia, a HRT pretendia levantar US$ 460 milhões com a venda de um terço de suas licenças, segundo os analistas do Itaú.

As novas empresas brasileiras de petróleo estão sendo punidas após não cumprirem o prometido. A HRT disse que seria a maior petrolífera brasileira depois da Petróleo Brasileiro SA até 2015 com a produção de petróleo leve na região amazônica. Até agora, a companhia só encontrou pequenas quantidades de gás natural, que tem valor mais baixo. Os dois primeiros poços da OGX Petróleo & Gás Participações SA, do bilionário Eike Batista, estão produzindo cerca de 5.000 barris por dia, ou 75 por cento menos do que o estimado.

“Não há nenhuma maneira positiva de encarar os resultados na Namíbia para a HRT”, disse T. J. Conway, gerente de consultoria e pesquisa do Energy Intelligence Group, de Nova York, em entrevista por telefone de Washington.

A HRT perdeu cerca de 84 por cento de valor depois da abertura de capital em outubro de 2010, o pior desempenho para IPOs na América Latina, segundo dados compilados pela Bloomberg. A OGX se desvalorizou 72 por cento e a Petrobras caiu 12 por cento no mesmo período. O Ibovespa teve queda de 16 por cento.

O presidente da HRT, Márcio Mello, disse em teleconferência ontem que o poço seco da Chariot não vai afetar a perspectiva para a empresa ou os planos de exploração na África.

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