Riscos negativos para a companhia presidida por Márcio Rocha Mello estão na exploração de petróleo na região da Amazônia e na Namíbia (Edu Monteiro/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 14h04.
São Paulo – O Itaú BBA iniciou nesta quinta-feira (24) a cobertura das ações da HRT Participações (HRTP3), empresa do setor de petróleo que estreou na BM&FBovespa em outubro passado, estabelecendo a recomendação underperform (performance abaixo da média do mercado) e um preço-alvo de 2.050 reais por papel para o final de 2011.
O valor projetado representa um potencial de valorização de 8%, em relação ao fechamento de ontem a 1.900 reais. Em relatório enviado aos clientes, os analistas Diego Mendes e Paula Kovarsky destacam que a companhia opera 21 blocos na bacia do Solimões, no Brasil, além de cinco blocos nas bacias de Walvis e Orange, na Namíbia.
Segundo dados da DeGolyer MacNaughton (DM), a companhia possui 1,532 bilhão de barris de óleo equivalente (BOE) em reservas riscadas (estimativa média). Além disso, foram estimados 542 milhões de BOE em recursos contingentes (3C). Somando as duas estimativas, as reservas certificadas da HRT alcançam 2,073 bilhões de BOE.
Expectativas
A HRT está mantendo o mercado bem alimentado com o fluxo de notícias, afirmando que a sua meta é a de atingir 3,5 bilhões de barris de óleo equivalente em recursos riscados até o final do ano, segundo o Itaú BBA. Para os analistas, o potencial adicional para as ações só será destravado com o anúncio das novas descobertas.
“Aos níveis atuais da ação, acreditamos que o mercado está pagando o valor completo da Bacia dos Solimões mais 62% do nosso valor justo riscado para a Namíbia, o que acreditamos ser muito dado ao estágio atual de desenvolvimento dos ativos da HRT, especialmente os da Namíbia”, destacam.
Se confirmado, o volume adicional representará um “grande potencial” para a valorização das ações da empresa, disseram os analistas.
“Mas, em nossa visão, acreditamos que parte deste montante será incorporado nas ações da HRT na medida em que a companhia for divulgando suas descobertas, enquanto dá os sinais de quanto o aumento poderá se tornar um risco”, afirmam.
Pontos negativos
Entre os riscos citados pela equipe de pesquisa do Itaú BBA, está a logística dentro da região amazônica, especialmente na bacia do Solimões. Já na Namíbia, os pontos negativos estão relacionados à exploração em um outro país, onde os impostos podem impactar os resultados da companhia.