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Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 17h50.
São Paulo – As ações ordinárias da HRT Participações em Petróleo e Gás (HRTP3) caem quase 6% nesta terça-feira (3) com os investidores preocupados com a possibilidade de maior intervenção do governo da Namíbia nos blocos que a empresa possui no país.
Os papéis da Chariot Oil & Gas Limited, empresa com sede no Reino Unido e que também conta com reservas na Namíbia, registraram queda de 8% na bolsa de Londres hoje. O desempenho é reflexo da intenção de uma mineradora estatal em reivindicar todos os direitos referentes aos recursos minerais no país, como urânio, ouro, cobre, zinco e carvão.
Em discurso ao Parlamento do país na semana passada o ministro das Minas e Energia da Namíbia, Isak Katali, disse que o povo merecia uma maior participação nos benefícios gerados pelos recursos naturais locais, levantando preocupações sobre uma eventual onda de nacionalização.
“Ainda não está claro se esta questão afetaria as concessões já atribuídas. Embora ainda seja cogitada, a proposta tem muito apelo político, o que aumenta as chances de aprovação”, afirmam os analistas do Itaú BBA, Paula Kovarsky e Diego Mendes.
Eles acreditam que, em breve, a intenção do governo da Namíbia em aumentar a tributação sobre os recursos de mineração pode também ser estendida às operações de exploração de petróleo.
A HRT possui cinco blocos exploratórios na costa da Namíbia e a UNX, empresa canadense recém-adquirida pela HRT, possui direitos de exploração em área de 51 mil quilômetros quadrados na região.
O banco reiterou nesta terça-feira a recomendação de desempenho abaixo da média de mercado (underperform) para as ações ordinárias da HRT, com um preço-alvo de 2,050 reais, um potencial de valorização de 32%.