Heineken: cervejaria global teve redução de 2,1% no volume de vendas (Heineken/Divulgação)
Repórter
Publicado em 16 de abril de 2025 às 06h46.
A Heineken anunciou, nesta quarta-feira, 16, uma redução de 2,1% nas vendas de cerveja no primeiro trimestre de 2025, desempenho ligeiramente abaixo das expectativas do mercado. A empresa apontou que o declínio se deve a fatores sazonais, como a Páscoa, que ocorreu mais tarde este ano, prejudicando a temporada de vendas.
Apesar dessa diminuição nas vendas, a Heineken registrou um crescimento de 0,9% no valor orgânico das receitas líquidas, superando a previsão dos analistas, que aguardavam um aumento de 0,6%. O crescimento por hectolitro foi de 3,3%, enquanto o volume total de cerveja sofreu uma queda orgânica de 2,1%. A marca Heineken® se destacou, apresentando um crescimento de 4,6% no volume.
“Apesar das tendências voláteis dos consumidores e geopolíticas, estamos operando dentro da faixa das expectativas", disse Dolf van den Brink, CEO da Heineken, em comunicado.
Ele ainda destacou a resiliência da empresa, que, segundo ele, "mesmo diante de um ambiente instável, continua executando com sucesso sua estratégia EverGreen, focada no crescimento sustentável e de longo prazo".
Os principais mercados da Heineken, como Vietnã, Índia e Etiópia, mostraram sinais promissores de crescimento, beneficiados pelas ações estratégicas implementadas.
Na Nigéria, a empresa viu um crescimento superior a 60%, enquanto Egito e Argélia registraram aumento de dois dígitos nas vendas. O Brasil e a China também apresentaram resultados positivos, reforçando o fortalecimento da marca em mercados-chave.
A empresa está intensificando seus investimentos em marketing e vendas para aproveitar as oportunidades de crescimento, principalmente nas regiões Ásia-Pacífico, África e Oriente Médio. "Estamos aumentando nossos investimentos para desbloquear as maiores oportunidades", afirmou Van den Brink, destacando que, até 2025, a Heineken está em boa trajetória para alcançar € 0,4 bilhão em economias brutas.
Por outro lado, a América do Norte, em especial os Estados Unidos, enfrentou desafios devido à demanda mais fraca entre consumidores hispânicos e as tarifas comerciais impostas ao produto. A Heineken, entretanto, garante que 95% de seu volume global é produzido localmente, o que ajuda a mitigar parte dos impactos da volatilidade geopolítica e econômica.
Apesar desses desafios, a empresa manteve suas previsões para 2025, com expectativa de crescimento do lucro operacional (beia) entre 4% e 8% ao longo do ano. O desempenho do México, Brasil, Índia e Vietnã continua sendo um motor importante para o crescimento da companhia, que segue otimista com suas estratégias para o futuro.