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Guerra comercial entre EUA e China, Galípolo no Senado: o que move o mercado

O diretor do Banco Central (BC) comparece à Comissão Parlamentar de Inquérito das Apostas Esportivas (CPI das Bets)

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 8 de abril de 2025 às 07h41.

As tarifas americanas continuarão no centro do noticiário nesta terça-feira, 8. Em especial, os investidores estarão atentos ao agravamento da disputa entre Estados Unidos e China. O presidente americano Donald Trump deu prazo até o meio-dia de hoje (13h no horário de Brasília) para que Pequim retire a tarifa de 34% imposta em retaliação às medidas comerciais americanas. Caso contrário, afirmou que irá impor uma nova sobretaxa de 50% sobre produtos chineses.

O governo chinês já antecipou que não atenderá à exigência e prometeu responder com "contramedidas resolutas". “Pressionar ou ameaçar a China não é a maneira correta de negociar conosco”, afirmou Liu Pengyu, porta-voz da embaixada chinesa em Washington, à AFP.

As tarifas impostas pelos EUA devem entrar em vigor nesta quarta-feira, 9, e se estenderão também a produtos de países asiáticos e da União Europeia — que, por sua vez, preparam medidas de retaliação conjuntas. Na segunda-feira, 7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as reservas internacionais brasileiras, hoje em US$ 336 bilhões, garantem tranquilidade ao país em momentos de crise como o atual.

No radar

No campo doméstico, o dia começa com a divulgação, às 8h, dos dados de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV): o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) e a primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de abril. Também saem, ao longo da manhã, o resultado primário do setor público referente a fevereiro (8h30), a Produção Industrial Mensal Regional (PIM Regional) do IBGE (às 9h) e os números de produção e vendas de veículos de março da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), às 11h.

No campo político e institucional, às 9h30, o presidente Lula participa do Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), em São Paulo. No final da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá a um evento do Bradesco BBI, também na capital paulista.

Já o diretor do Banco Central (BC) Gabriel Galípolo comparece à Comissão Parlamentar de Inquérito das Apostas Esportivas (CPI das Bets) no Senado, às 11h, enquanto outros representantes do BC participam de reuniões trimestrais com economistas.

No exterior, os investidores estarão atentos ao discurso da presidente do Federal Reserve (Fed) de São Francisco, Mary Daly, previsto para as 15h.

Ásia e Pacífico

Na Ásia, as bolsas recuperaram parte das perdas de segunda-feira. O índice japonês Nikkei 225 subiu 6,03%, enquanto o Topix avançou 6,26%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve alta de 0,26%, enquanto o Kosdaq avançou 1,1%.

Em Hong Kong, o Hang Seng Index terminou o dia com alta de 1,51%, enquanto o Hang Seng Tech Index teve valorização de 4,49%. Na China, o CSI 300, da Bolsa de Valores de Xangai, subiu 1,71%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve alta de 2,27%.

Na contramão, mercados do Sudeste Asiático registraram quedas. O índice Jakarta Composite, da Indonésia, caiu 7,87% após um circuit breaker. No Vietnã, o índice de referência VN-Index recuou 6,48%, enquanto o índice SET, da Tailândia, caiu 5,8% e atingiu o menor nível desde março de 2020.

Europa e EUA

Na Europa, os mercados abriram com alta, revertendo também parte das perdas dos últimos dias. Às 7h20 (horário de Brasília, o alemão DAX (+1,08), o francês CAC 40 (+0,89%) e o inglês FTSE 100 (+1,55%) registravam alta.

O Stoxx 600 também tem alta de 1,15% no começo desta manhã, com quase todos os setores no azul. Na véspera, o índice regional terminou o pregão com queda de 4,5%, no menor nível desde janeiro de 2024.

Nos EUA, os contratos futuros de ações ligados aos principais índices americanos também registravam avanços antes da abertura do pregão: Dow Jones Industrial Average (+2%), S&P 500 (+1,5%) e Nasdaq-100 (1,3%). Na segunda-feira, Wall Street registrou o maior volume de negociação em pelo menos 18 anos, com cerca de 29 bilhões de ações.

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