Éxito: número 1 na Colômbia, rede de varejo alimentar tem mais de 600 lojas (Wikimedia Commons/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 30 de junho de 2023 às 06h05.
Última atualização em 30 de junho de 2023 às 06h13.
O GPA informou na noite desta quinta-feira, 29, por fato relevante, que seu conselho de administração rejeitou a oferta feita pelo banqueiro colombiano Jaime Gilinski por sua fatia na varejista colombiana Almacenes Éxito.
A companhia alega que o preço ofertado, de R$ US$ 836 milhões (cerca de R$ 4 bilhões), "não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação desta natureza e, portanto, não atende o melhor interesse do GPA e de seus acionistas". O pagamento seria em dinheiro.
Importante ressaltar que a transação para segregação dos negócios do GPA e do Éxito, conforme já anunciada ao mercado, "continua em evolução", estando pendente apenas a declaração de efetividade do Form 20-F do Éxito pela U.S. Securities and Exchange Commission e a obtenção das aprovações regulatórias das autoridades colombianas para sua conclusão, informou o GPA, acrescentando que manterá o mercado e os seus acionistas informados de novidades sobre o tema.
Ontem, As ações do GPA (PCAR3) disparam mais de 13% com investidores animados com a proposta.
A oferta de Gilinski é mais um capítulo no anúncio da saída do Casino da América Latina. E era mesmo o que se esperava que acontecesse mais rapidamente depois da venda da participação no Assaí. Agora, o mercado tenta antecipar o futuro da rede dona do Pão de Açúcar e do Extra, que vive, em meio a tudo isso, seu processo de reestruturação.
Abilio Diniz de volta à empresa fundada por seu pai? Enxurrada de ações do GPA (PCAR3) na bolsa? Entrada de novos fundos estrangeiros em uma das mais tradicionais redes de supermercado do país? Muitas dúvidas rondam a ação do grupo desde segunda-feira, 26, quando o Casino anunciou seus planos para melhorar a liquidez e tentar superar o bolo de dívidas que acumulou.
Jaime Gilinski, reconhecido como um dos maiores banqueiros da América Latina e proprietário do conglomerado alimentar Nutresa desde 2022, é avaliado pela revista Forbes como possuidor de uma fortuna estimada em US$ 5,7 bilhões.