Há pontos de coleta distribuídos em todas as lojas Pão de Açúcar, Extra, Minuto Pão de Açúcar, Mini Extra e Compre Bem (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada
Publicado em 27 de julho de 2022 às 19h44.
Última atualização em 28 de julho de 2022 às 11h53.
O GPA (PCAR3) reportou na noite desta quarta-feira, 27, prejuízo de R$ 172 milhões no segundo trimestre. Em seu balanço para os meses de abril a junho, a companhia teve queda de 41% no lucro líquido consolidado, que havia sido de R$ 3 milhões no mesmo período do ano passado.
O principal indicador de caixa operacional, o Ebitda ajustado, foi de 706 milhões de reais, queda de 9% na comparação anual e abaixo dos R$ 623 milhões esperados segundo consenso da Bloomberg. A margem Ebitda ajustada recuou 1,4 ponto percentual (p.p.), em linha com o que era projetado pelos analistas.
Segundo a companhia, a alta da inflação é uma das responsáveis pelo resultado negativo do Ebitda, uma vez que o aumento de preços não foi totalmente repassado aos clientes. A companhia sofreu ainda com o aumento dos custos.
A receita líquida, por outro lado, foi de R$ 10,11 bilhões, alta de 9,3% na comparação anual e acima dos R$ 9,74 bilhões esperados pelo consenso dos analistas.
Como era esperado pelos analistas, o destaque ficou com a operação da subsidiária colombiana Éxito, enquanto a operação brasileira saiu pressionada apesar da expansão nas vendas. As vendas do Novo GPA Brasil ex-postos somaram R$ 4 bilhões, com crescimento de 6,3% e vendas em mesmas lojas de 5,8%. A margem Ebitda no setor, no entanto, caiu para 7,8%, uma queda de 2,7 p.p. na comparação anual devido à inflação. Já o Éxito registrou faturamento de R$ 6,6 bi, com vendas em mesmas lojas de 27,7%.
Vale lembrar que, no trimestre anterior, o lucro do GPA havia sido de R$ 1,4 bilhão, alta de 1.250%, com o resultado impulsionado pela venda de pontos comerciais de Extra Hiper para o Assaí. Se consideradas apenas as operações continuadas do grupo, o resultado foi prejuízo de R$ 111 milhões no primeiro trimestre.
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