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Governo pode elevar IOF para compra de ações

Raymond James acredita que a medida pode acontecer antes da posse de Dilma Rousseff; consultoria não descarta cobrança de imposto de renda de estrangeiros

Segundo a Raymond James, o governo que impedir a valorização do real antes da posse de Dilma Rousseff (Beatriz Albuquerque/Cláudia)

Segundo a Raymond James, o governo que impedir a valorização do real antes da posse de Dilma Rousseff (Beatriz Albuquerque/Cláudia)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 14h43.

São Paulo - O governo brasileiro pode elevar o Imposto Sobre Operações Financeiras para as compras de ações por investidores estrangeiros. O objetivo seria conter a apreciação do real antes da posse da presidente eleita, Dilma Rousseff, em 1 de janeiro de 2011, disse a Raymond James & Associates Inc.

A alíquota do IOF para as compras no mercado de renda variável está em 2 por cento desde outubro do ano passado, enquanto a taxação para a renda fixa foi elevada duas vezes no mês passado, para 6 por cento. O governo pode ainda cobrar imposto de renda dos investidores estrangeiros que aplicarem em títulos de dívida do governo, escreveu Maurício Rosal, economista da Raymond James em São Paulo, num relatório a clientes hoje.

“Nós acreditamos que os principais receios compartilhados entre a equipe econômica podem levar à introdução de medidas relevantes antes da troca de governos”, disse Rosal. “Medo desse tipo de medida pode levar a uma disparada nos fluxos de curto prazo”.

Dilma prometeu acabar com a miséria do País e melhorar os gastos públicos. Ela também citou a “guerra cambial” que culminou com uma apreciação de 36 por cento do real sobre o dólar desde o final de 2008, “sinalizando que ela está preparada para enfrentá-la”, segundo a Raymond James.

Pela Constituição, um aumento no imposto de renda só pode entrar em vigor no ano seguinte a sua aprovação pelo legislativo.

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