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Goldman Sachs prevê queda nos preços do petróleo com superávit de oferta e risco de recessão

Banco estima Brent a US$ 58 em 2026 e alerta que, em cenário extremo, preços podem cair abaixo de US$ 40

Petróleo: preços devem recuar neste ano e no próximo (Anton Petrus/Getty Images)

Petróleo: preços devem recuar neste ano e no próximo (Anton Petrus/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 14 de abril de 2025 às 07h12.

Última atualização em 14 de abril de 2025 às 07h13.

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O Goldman Sachs projetou novamente que os preços do petróleo devem recuar até o final deste ano e em 2026, refletindo o aumento do risco de recessão global e a maior oferta vinda do grupo Opep+.

O banco espera que o preço médio do Brent fique em US$ 63 por barril no restante de 2025 e em US$ 58 em 2026. Para o WTI, a expectativa é de uma média de US$ 59 por barril em 2025 e US$ 55 em 2026.

Diante de um cenário de crescimento econômico fraco, em meio a uma guerra comercial global, o Goldman Sachs projeta que a demanda por petróleo aumentará apenas 300 mil barris por dia (bpd) entre o final de 2024 e o final de 2025.

O banco também revisou para baixo sua previsão de crescimento da demanda global para o quarto trimestre de 2026, reduzindo em 900 mil barris por dia devido ao agravamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China.

Na última sexta-feira, 11, Pequim elevou tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, em resposta ao aumento de tarifas promovido pelo presidente Donald Trump.

Apesar de o mercado já precificar parte dos estoques futuros, o Goldman Sachs estima que haverá superávits consideráveis de petróleo — cerca de 800 mil bpd em 2025 e 1,4 milhão de bpd em 2026 —, o que continuará pressionando os preços para baixo.

Em um cenário de desaceleração econômica global ou reversão total dos cortes voluntários de 2,2 milhões de bpd promovidos pela Opep+, o Brent poderia cair para a faixa de US$ 40 por barril em 2026, podendo ficar abaixo desse patamar em um cenário extremo combinado, segundo o banco.

Nesta segunda-feira, 14, os contratos futuros do Brent operavam em torno de US$ 65,35 o barril às 7h11, no horário de Brasília, enquanto o WTI era negociado a US$ 62,14.

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