Goldman Sachs disse ainda que acredita que a correção dos preços desta semana (Arquivo/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2011 às 15h02.
Londres - O banco de investimentos Goldman Sachs , que em abril havia previsto a forte correção dos preços do petróleo desta semana, estimou nesta sexta-feira que o barril poderá superar as máximas recentes em 2012, enquanto as ofertas globais continuam a cair.
O banco, considerado um dos mais influentes no mercado de commodities, disse que não descarta uma nova queda nos valores do petróleo no curto prazo, caso os dados macroeconômicos continuem decepcionantes.
O panorama de médio prazo do Goldman, divulgado nesta sexta-feira, impulsionou os preços do petróleo, ajudando em sua recuperação após perdas iniciais na sessão. Mas o mercado segue volátil nesta sexta-feira e voltou a operar em território negativo.
Os futuros do petróleo tipo Brent e nos Estados Unidos retrocederam cerca de 10 por cento na véspera.
"É importante enfatizar que, ainda que os preços estejam retrocedendo de suas recentes máximas, esperamos que voltem ou ultrapassem os recentes níveis em 2012", disseram analistas do Goldman Sachs em nota.
"Continuamos acreditando que os fundamentos de oferta e demanda do petróleo se ajustarão ainda mais no decorrer do ano e provavelmente atingirão níveis críticos no início de 2012, caso a oferta de petróleo da Líbia se mantenha fora do mercado", disse.
O banco disse ainda que acredita que a correção dos preços desta semana, na qual o Brent caiu dos mais de 125 dólares a menos de 106 dólares o barril, foi provocada por decepcionantes dados econômicos e das reservas de petróleo dos EUA.
Por volta das 14h05 (horário de Brasília), o petróleo nos EUA era cotado a 99,30 dólares, queda de 54 centavos de dólar. O Brent subia 31 centavos, a 111,11 dólares o barril.
"A liquidação de ontem (quinta-feira) provavelmente eliminou grande parte do prêmio de risco que acreditamos que tem sido embutido nos preços do petróleo, o que pode sugerir que nova queda está limitada a partir de agora." "No entanto, nos mantemos cautelosos com o potencial de maior queda, caso dados econômicos divulgados continuem a desapontar nos próximos dias, com o foco agora voltando para o relatório de empregos dos Estados Unidos."