GOL não teve voos tranquilos na Bolsa em 2013 e despencou 20% (stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 27 de novembro de 2013 às 15h17.
São Paulo – A GOL (GOLL4) está longe de um 2013 positivo na Bovespa. Desde janeiro, os papéis da companhia registram uma desvalorização de 20% - desempenho pior que o do Ibovespa, que no mesmo período perde 15%.
No entanto, 2014 pode ser um ano menos turbulento para a GOL na Bolsa, segundo um recente relatório do BB Investimentos. O analista Mário Bernardes Junior lembra que a companhia tomou diversas medidas estratégicas, como por exemplo, o corte da oferta de assentos, para reduzir custos e despesas operacionais a fim de reverter o momento pouco favorável de baixa geração de caixa e endividamento elevado. “Por outro lado, vale ressaltar que a demanda ainda se mantem em níveis elevados, indicando que a estratégia pode ser positiva no longo prazo, tendo em vista que a taxa de ocupação não seria tão afetada”, acrescenta Bernardes.
O BB Investimentos subiu o preço-alvo das ações da GOL, de 10,12 reais (dez/2013) para 12,50 reais (dez/2014), o que representa um potencial de valorização de 24%. A recomendação é classificada em desempenho acima da média de mercado.
“Enfatizamos que o cenário de curto e médio prazo ainda é desafiador para a companhia, levando em consideração o crescimento da aviação regional no país, que beneficia empresas menores e a pressão de custos do combustível, que ainda tende a impactar o desempenho operacional da empresa e o gerenciamento da dívida”, conclui o analista.
Recentes quedas
As ações da GOL sofreram com fortes quedas recentemente, após a empresa ter divulgado seu sétimo trimestre consecutivo de prejuízo, apesar de registrar melhoras operacionais que reduziram o tamanho das perdas.
Apesar de novo resultado trimestral negativo, registrado entre julho e setembro, a GOL reduziu o prejuízo em 36% ante o terceiro trimestre de 2012 e em 54% na comparação com o segundo trimestre deste ano.
O prejuízo foi de 197 milhões de reais, com margem de lucro antes de juros e impostos (Ebit) de 1,7%, ante margem negativa de 1,8% entre abril e junho.