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Gol tem menor cotação em 10 semanas com novas regras da Anac

Ações da empresa reagem e caem diante das preocupações de que as novas regras para redistribuição de direitos de pouso e decolagens

“Acho que a Gol seria mais afetada num primeiro momento porque vem operando com margens menores do que a TAM”, disse Leonardo Nitta, analista do Banco do Brasil (Divulgação/EXAME)

“Acho que a Gol seria mais afetada num primeiro momento porque vem operando com margens menores do que a TAM”, disse Leonardo Nitta, analista do Banco do Brasil (Divulgação/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2011 às 15h59.

Brasília/Nova York - A Gol Linhas Aéreas Inteligentes SA, segunda maior companhia aérea do país em participação de mercado, caiu para o mais baixo patamar em 10 semanas diante das preocupações de que as novas regras para redistribuição de direitos de pouso e decolagens possam afetar seus lucros.

A Gol caía 5,0 por cento às 16:28, para R$ 12,08, menor cotação intradiária desde 18 de outubro. A Tam SA, maior empresa aérea em fatia de mercado, caía 2,0 por cento, enquanto o Ibovespa caía também 2 por cento no mesmo horário.

A Agência Nacional de Aviação Civil quer mudar as regras de redistribuição de slots a partir do segundo semestre de 2012 para fomentar a concorrência entre as empresas e a queda nos preços das passagens, disse Marcelo Guaranys, presidente da Anac, em entrevista em Brasília. A ideia é incentivar que outras empresas aéreas entrem nos aeroportos saturados, disse ele.

“Acho que a Gol seria mais afetada num primeiro momento porque vem operando com margens menores do que a Tam”, disse Leonardo Nitta, analista do Banco do Brasil SA. “A Gol foi a mais afetada com essa competição ao longo do ano. Voltar a falar que pode vir a criar nova competição e preços voltarem a cair aumenta o risco em relação à empresa.”

Juntas, Tam e Gol tinham 77 por cento do mercado doméstico de aviação em outubro, segundo dados da Anac. A Azul Linhas Aéreas Brasileiras, fundada por David Neeleman, e a Trip Linhas Aéreas, são, respectivamente, a terceira e a quarta colocadas e têm poucos voos nos aeroportos mais congestionados, disse Guaranys.

A expansão da infraestrutura aeroportuária pode ampliar a oferta de voos e reduzir o preço das passagens a partir de 2013, disse o presidente da Anac.

“Aqui sempre existe possibilidade de alguém entrar e jogar o preço para baixo. Eu acho que ainda há espaço para redução.”

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