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Compra de R$ 600 mi em passagens pelo Smiles traz alívio a ações da Gol

Aquisição dos créditos vem em um momento difícil para Gol, que teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre em meio às pressões de câmbio

Conselho de administração da Smiles aprovou um acordo para a compra antecipada de passagens, no valor de R$ 600 milhões, da Gol (Sergio Moraes/Reuters)

Conselho de administração da Smiles aprovou um acordo para a compra antecipada de passagens, no valor de R$ 600 milhões, da Gol (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de setembro de 2018 às 09h11.

Última atualização em 28 de setembro de 2018 às 09h21.

O conselho de administração da Smiles aprovou na quinta-feira, 27, acordo para a compra antecipada de passagens, no valor de R$ 600 milhões, da companhia aérea Gol, que é sua principal acionista. A aquisição dos créditos - que poderão ser utilizados futuramente pelo programa de milhagens - vem em um momento difícil para Gol, que teve prejuízo de R$ 1,3 bilhão no segundo trimestre em meio às pressões de câmbio e da cotação internacional do petróleo.

O movimento deu um alívio à Gol, na quinta-feira. Em um dia positivo para a Bolsa paulista, as ações da companhia aérea registraram a maior alta do principal índice da B3, o Ibovespa. Os papéis subiram 6,42% e encerraram o pregão na cotação máxima, a R$ 11,60. A empresa também foi beneficiada pela queda do dólar, que fechou na quinta-feira abaixo da marca de R$ 4 pela primeira vez em mais de um mês. As ações da Smiles encerram perto da estabilidade, com alta de 0,22%, a R$ 46,50.

Em comentário sobre a transação, na quinta-feira, o Itaú BBA lembrou que as operações deste tipo feitas anteriormente tinham juros pré-fixados, e dessa vez, o valor a ser pago corresponderá a 115% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Além disso, o pagamento de dividendos pela Smiles não deve ser afetado, mesmo que o valor total seja desembolsado em 2018.

Resultado

A Gol encerrou o segundo trimestre de 2018 com prejuízo líquido de R$ 1,272 bilhão, forte alta ante a perda de R$ 409,5 milhões registrada em igual período de 2017, no critério antes da participação minoritária da Smiles. Se considerada a participação, o prejuízo líquido da companhia ficou em R$ 1,33 bilhão entre abril e junho, 177,6% acima dos R$ 477,7 milhões negativos do mesmo intervalo de 2017.

Em informe de resultados, a companhia destaca que o resultado deste trimestre foi afetado pela variação cambial negativa de R$ 1 bilhão, ante o resultado de R$ 225,7 milhões de variação cambial um ano antes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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