Gol (GOLL4) elege novo CFO após anterior renunciar (Germano Luders/Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 3 de junho de 2024 às 09h27.
O Conselho de Administração da Gol (GOLL4) aprovou, em reunião na sexta-feira, 31, a eleição de Eduardo Guardiano Leme Gotilla como diretor financeiro (CFO) e diretor de relações com investidores (DRI) após Mario Tsuwei Liao renunciar, segundo informou a empresa por meio de fato relevante. Gotilla é ex-diretor financeiro da Light (LIGT3) e começa a atuar no cargo a partir desta segunda-feira, 3.
O movimento de troca de CFO ocorre em meio a sua recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11, segundo a legislação norte-americana), que se estende desde janeiro deste ano. Na semana passada, em mais um passo visando sair da RJ, a Gol lançou seu plano financeiro de cinco anos, que envolve um aumento de capital de US$ 1,5 bilhão e refinanciamentos de US$ 2 bilhões em dívida.
Em anúncios recentes, a companhia também divulgou que fechou um acordo de cooperação comercial com sua concorrente, a Azul (AZUL4), chamado codeshare. Na prática, o acordo permite que as duas companhias compartilhem determinadas rotas domésticas no Brasil, o que significa que passageiros de uma companhia poderiam voar em rotas operadas pela outra, ampliando as opções de destinos oferecidas por ambas as empresas. A parceria entra em vigor no final de junho.
Também na sexta-feira, 31, a Gol encaminhou seu relatório operacional mensal ao tribunal de falências dos EUA, conforme exige o processo de RJ. O documento mostra que a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 395 milhões em abril. A receita líquida da empresa, por sua vez, somou R$ 1,34 bilhão no mês passado, enquanto a dívida liquida chegou a R$ 23,3 bilhões no período.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 135 milhões em abril, com margem Ebitda de 10%, conforme informou o fato relevante. Em março, a empresa nao divulgou seu relatório já que coincidiu com seu balanço do primeiro trimestre de 2024. Na ocasião, a Gol reportou um prejuízo líquido de R$ 130,2 milhões nos três primeiros meses do ano.