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Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) derretem até 11%: o que explica a queda das ações?

Morgan Stanley rebaixou preço-alvo para os papéis, enquanto investidores reagem à prévia operacional da Gol

Gol (GOLL4): companhia divulgou nesta manhã prévia operacional e decepcionou investidores (Germano Lüders/Exame)

Gol (GOLL4): companhia divulgou nesta manhã prévia operacional e decepcionou investidores (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 11 de julho de 2022 às 16h49.

Última atualização em 13 de julho de 2022 às 17h18.

As ações da Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) foram o principal destaque negativo do Ibovespa nesta segunda-feira, 11, e derreteram até 11% na bolsa.  

O recuo ocorre com investidores reagindo ao corte de preço-alvo do Morgan Stanley para as ações. 

Segundo relatório obtido pela Bloomberg, os analistas do banco americano cortaram o preço-alvo para os dois papéis, citando um potencial limitado para ganhos adicionais no valor médio pago por quilômetro voado (yields) — indicador que mede preços de passagens.

O relatório informa que as companhias aéreas brasileiras conseguiram repassar uma porcentagem elevada do aumento de preços dos combustíveis e da pressão inflacionária. Ainda assim, os últimos relatórios mensais das empresas mostram que os yields mais altos prejudicam o chamado load factor, parâmetro utilizado pelas aéreas para avaliação de desempenho.

A preocupação dos analistas é que as tarifas cobradas dos passageiros não tenham espaço para crescer, o que justifica uma posição “cautelosa” em relação às ações. 

A Gol teve preço-alvo cortado de US$ 5,60 para US$ 2,90, e a Azul de US$ 10,30 para US$ 5,60. O papel da Gol é negociado a US$ 2,70 no exterior, enquanto o da Azul é cotado a US$ 6,36.

Na bolsa brasileira, a Gol negocia a R$ 7,55, e a Azul opera na casa dos R$ 11,52.

Investidores reagem ainda à prévia operacional do segundo trimestre da Gol, apresentada nesta manhã. A companhia estimou prejuízo líquido de R$ 1,80 por ação. Entre as pressões negativas para o resultado está o maior custo de querosene de aviação, que saltou cerca de 73% em relação ao segundo trimestre de 2021, segundo a Gol.

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