Posto de gasolina da Galp: a companhia elevou sua meta de produção para 2020, devido ao avanço “excepcional” no Brasil (DIVULGAÇÃO)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2011 às 20h08.
Lisboa - A Galp Energia SGPS SA, maior petrolífera de Portugal, disse que prossegue normalmente com o plano de levantar pelo menos 2 bilhões de euros (US$ 2,7 bilhões) com a venda de ações de sua unidade brasileira.
A transação será fechada quando for “oportuno”, disse hoje o presidente da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira, a jornalistas em conferência em Estoril, Portugal.
Em abril, a companhia disse que queria realizar uma venda por meio de uma colocação privada ao invés de uma oferta pública. Em maio, Ferreira de Oliveira disse que o interesse de parcerias na unidade brasileira vinha principalmente de companhias da Ásia.
A companhia elevou sua meta de produção para 2020, devido ao avanço “excepcional” no Brasil, e disse em julho que “muitas companhias” mostraram interesse em comprar participação na unidade brasileira. A Galp está expandindo suas atividades exploratórias em regiões como a Bacia de Santos e em Angola, para melhorar o acesso ao petróleo e diminuir a dependência com a venda de produtos refinados e combustível em Portugal e na Espanha.
O jornal português Diário Econômico disse em 16 de setembro que a Galp pode concluir a venda de fatia da unidade brasileira depois de setembro, e que a companhia vê o final do ano como a data “mais provável” para a conclusão.
Bacia de Santos
A Galp tem participação em quatro blocos offshore da Bacia de Santos, incluindo o campo Lula e Júpiter. Estima-se que o primeiro, antes conhecido como Tupi, possui uma reserva recuperável de 6,5 bilhões de barris de petróleo e equivalentes. A Galp também é parceira da Petróleo Brasileiro SA em Cernambi, que possui 1,8 bilhões de barris de reserva estimada.
A petrolífera portuguesa quer investir entre 1,2 bilhões de euros e 1,5 bilhões de euros neste ano, em Portugal e outros países. A Galp planeja cerca de 3,5 bilhões de euros em gastos entre 2012 e 2015, com exploração e produção sendo responsáveis por 70 por cento do total.
A ação da companhia acumula alta de 0,6 por cento no ano, totalizando um valor de mercado de 12 bilhões de euros. A Eni SpA, maior petrolífera da Itália, e a companhia portuguesa Amorim Energia BV detém cada uma um terço da Galp.