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Gafisa cai 26% no ano e cenário continua nebuloso

Resultado do primeiro trimestre mostrou forte queda nas margens; HSBC corta o preço-alvo para as ações

Margem operacional da Gafisa caiu forte no primeiro trimestre do ano (Germano Luders)

Margem operacional da Gafisa caiu forte no primeiro trimestre do ano (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2011 às 19h22.

São Paulo – A Gafisa (GFSA3) decepcionou. Não bastasse apenas o resultado do primeiro trimestre de 2011, que ficou abaixo do esperado pelo mercado, a companhia ainda não apresentou fatores que sinalizem uma recuperação no curto prazo. Foi o suficiente para o HSBC rebaixar as estimativas para o desempenho da ação.

Os analistas Felipe Rodrigues e Leonardo Martins reduziram o preço-alvo para os papéis de 12 reais para 10 reais em 12 meses, o que representa um potencial de valorização de 12,61% para cada ação ordinária da companhia, levando em conta a cotação de 8,88 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (12). A recomendação foi mantida em neutra.

A companhia lucrou 13,7 milhões de reais no primeiro trimestre do ano, uma queda de 79% ante o mesmo período do ano passado. “Não acreditamos que existam catalisadores (fatores que potencializem a ação) para números melhores”, estimam.

A geração de caixa operacional medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou 106,5 milhões de reais nos três meses até março, 36,8% menor ante o mesmo intervalo de 2010. A margem caiu de 18,6 para 13,3 pontos percentuais.

O HSBC vê uma recuperação mais lenta de margens, uma vez que a Gafisa tem um montante significativo de unidades entregues em seus estoques (cerca de 15% do total). “A fim de aumentar suas vendas, a empresa usará de descontos e podemos ver os impactos negativos dessa política já no desempenho do segundo trimestre de 2011”, projetam.

Os analistas ainda destacam que alguns clientes, principalmente da Tenda, não conseguirão que seu crédito habitacional seja aprovado pelos bancos, o que pode resultar em um volume substancial de unidades devolvidas. “Mesmo com um melhor cenário de preços, não nos sentimos confortáveis com a projeção de um aumento nos estoques de unidades entregues, que já são altos”.

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