Gafisa: a empresa está em um processo arbitral já que não chegou a um acordo com a Alphaville Participações (Germano Lüders/Site Exame)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2012 às 21h14.
Rio de Janeiro - A Gafisa informou nesta segunda-feira ter iniciado uma análise de "opções estratégicas" para o futuro de sua controlada Alphaville Urbanismo, que pode envolver abertura de capital ou venda de participação da empresa.
O objetivo da análise, que terá a Rothschild como assessor financeiro e a Bain & Company como assessor estratégico, é o de maximizar valor ao acionista da companhia, disse a construtora e incorporadora em fato relevante, afirmando que o valor desse negócio não está refletido na atual avaliação, pelo mercado, da Gafisa.
"O processo para capturar o valor pode envolver a abertura do capital de Alphaville, a venda de participação, ou mesmo a manutenção da situação atual. O objetivo principal será explorar a opção que gere o maior valor ao acionista de Gafisa no longo prazo", disse a companhia em fato relevante.
"A Alphaville tem experimentado significativo crescimento... entre 2007, primeiro ano de Alphaville sob o controle e gestão de Gafisa, e 2011 os lançamentos cresceram de 237 milhões de reais para 972 milhões de reais, enquanto o retorno sobre patrimônio médio do período foi de 46 por cento ao ano", notou a Gafisa.
A Gafisa está em um processo arbitral já que não chegou a um acordo com a Alphaville Participações sobre os termos da compra da parcela adicional da Alphaville Urbanismo, equivalente a 20 por cento.
Há um mês, o presidente da Gafisa, Duilio Calciolari, estimou que o fim da arbitragem ocorra em até nove meses.
Gafisa e Alphaville Participações divergem quanto ao total de ações a serem emitidas dentro do processo de compra do restante da Alphaville .
A Gafisa iniciou o processo de compra da Alphaville Urbanismo em 2006, quando obteve 60 por cento do capital da empresa conhecida pelos seus empreendimentos imobiliários de alto padrão.
Em 2010, a Gafisa elevou a participação para 80 por cento numa segunda etapa. Nesta terceira etapa, a construtora parte para a aquisição dos 20 por cento restantes.