Radar: mercado acompanha de perto reunião entre Lula e Haddad para debater futuro da Petrobras (Wagner Meier/Getty Images)
Repórter de finanças
Publicado em 8 de abril de 2024 às 08h33.
Última atualização em 8 de abril de 2024 às 08h34.
Os mercados internacionais operam em alta nesta segunda-feira, 8. As bolsas asiáticas (com exceção da China) fecharam com ligeiro avanço, embaladas por dados mais otimistas do relatório de emprego dos EUA, conhecido como payroll, que vieram melhor do que o esperado na sexta-feira, 5.
Já as bolsas europeias abriram com um leve avanço, apesar de cautela, enquanto o pré-mercado americano também apresenta alta. Contrariando o movimento, o Ibovespa futuro cai.
Na agenda desta semana, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), um dos principais indicadores econômicos americanos, será divulgado na quinta-feira, 11, além da ata do Fomc (comitê de política monetária dos EUA).
Na Europa, haverá a reunião do Banco Central Europeu (BCE) para decidir o rumo da política monetária por lá - e a expectativa é que as principais taxas de juros de mantenham inalteradas. Por aqui, destaque para a divulgação na quarta-feira, 10, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O mercado acompanha de perto os próximos capítulos da Petrobras (PETR4). Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia convocado uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a crise na petroleira. O encontro estava marcado para as 20h, no Palácio da Alvorada, mas foi cancelado.
O chefe da área econômica chegou, inclusive, a voar para Brasília. Segundo aliados, o presidente se irritou com o vazamento do encontro à imprensa e decidiu desmarcá-lo. A conversa, de acordo com a agenda oficial, foi remarcada para esta segunda-feira, 8, às 18h.
Desde a semana passada, rumores da saída de Jean Paul Prates da estatal e possibilidade de Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), assumir o cargo, a companhia e sua gestão se encontram em crise.
A Gol (GOLL4) divulgou seus resultados operacionais em fevereiro deste ano. O anúncio é exigido devido ao processo de recuperação judicial nos Estados Unidos (Chapter 11). No relatório, os números apontam para um prejuízo líquido de R$ 160 milhões e receitas de R$ 1,38 bilhão no mês de fevereiro.
O Carrefour (CRFB3) anunciou na noite deste domingo, 7, que renegociou linhas de financiamento com Carrefour Finance - grupo francês que detém o controle comum com o Carrefour - para a redução dos juros cobrados nas operações.
Segundo o comunicado, a linha de crédito de R$ 6,3 bilhões, que expira em abril de 2026, teve custo reduzido de 14,95%, para 11,10% ao ano. Já a linha de R$ 1,9 bilhão, com validade até maio de 2025, teve os juros reduzidos de 14,25% para 10,25% ao ano.
“As novas taxas negociadas serão aplicadas aos novos pedidos de desembolso, que poderão ser realizados a partir do vencimento dos desembolsos atualmente em aberto”, escreveu o Carrefour Brasil em comunicado.