A ação da varejista brasileira saltou 13% no dia do anúncio da fusão; hoje, o papel caiu 3,1%, às 14:38 (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2011 às 14h58.
Rio de Janeiro - Os fundos de hedge brasileiros dobraram as apostas em queda das ações da Cia. Brasileira de Distribuição Grupo Pão de Açúcar, com a especulação de que a planejada fusão com os ativos do Carrefour SA no Brasil não conseguirá aprovação para seguir adiante.
As ações em aluguel do Pão de Açúcar, uma indicação de venda dos papéis, quase triplicou para 6,957 milhões, ou R$ 496,3 milhões em 1 de julho, contra 2,69 milhões, ou R$ 176,4 milhões em 27 de junho, antes do anúncio do plano de fusão, segundo dados da Câmara Brasileira de Liquidação e Custódia. O volume médio diário nos últimos 12 meses foi de 963.566 negócios, segundo dados da Bloomberg.
A proposta de fusão foi apresentada ao Carrefour no mês passado pelo Gama, fundo de investimento do Banco BTG Pactual SA, deflagrando uma disputa de poder com o Casino Guichard- Perrachon SA, que respondeu comprando uma participação adicional de 6,2 por cento no Pão de Açúcar e aumentando sua fatia para 43,1 por cento. A ação da varejista brasileira saltou 13 por cento no dia do anúncio. Hoje, o papel caiu 3,1 por cento, para 70,71, às 14:38.
“Os ganhos foram principalmente o Casino comprando e também as boas perspectivas e potencial sinergia caso a fusão possa seguir adiante”, disse Rodrigo Bresser-Pereira, que administra R$ 250 milhões na Bresser Administração de Recursos, em São Paulo. “O aumento de participação do Casino distorceu o preço e, se a fusão não seguir, a ação pode cair muito.”