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Fundadores da Tok&Stok reiteram proposta pela da Mobly e agora miram maioria simples do capital

Preço, que embute desconto de 51% sobre valor de tela, engloba "desafios financeiros" enfrentados pela empresa, dizem os Dubrule

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 10 de março de 2025 às 12h34.

Em um novo capítulo da disputa pelo controle da Mobly, os investidores Régis, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, enviaram uma carta reforçando seu interesse em lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para adquirir o controle da companhia de móveis e decoração e chamando a atual administração a lançar uma assembleia para discutir a operação.

Os Dubrule mantiveram o preço de R$ 0,68 por ação, 50% menor que os R$ 1,35 do preço de tela antes da divulgação da oferta, feita há dez dias. No documento, os Dubrule reforçam que o desconto no preço por ação proposto na OPA é devido à baixa liquidez dos papéis da empresa e aos "desafios financeiros enfrentados", como um endividamento superior a R$ 600 milhões e a ausência de lucro desde o IPO.

A única mudança na proposta inicial é o número de ações mínimas envolvidas na OPA. Os fundadores da Tok&Stok diz agora que se contentam com a compra de ao menos 61,3 milhões de papéis, equivalentes a 50% do capital mais uma ação. A oferta anterior era por, no mínimo, 84 milhões de ações.

A nova comunicação acontecer após a Mobly divulgar uma posição oficial sobre a primeira proposta apresentada pelos Dubrule no dia 5 de março, considerando a oferta "inviável" e destacando um expressivo desconto sobre o valor de mercado das ações.

Na ocasião, a Mobly informou que 40,6% de seus acionistas indicaram não ter interesse em vender suas ações nas condições oferecidas. A proposta também envolvia a exclusão de uma cláusula estatutária que exige a OPA obrigatória caso um acionista atinja 20% ou mais de participação no capital da empresa.

Na nova comunicação, os fundadores da Tok&Stok esclareceram que a OPA está condicionada a várias etapas, incluindo a anuência dos debenturistas da Mobly e a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para uma reforma estatutária, que visa a retirada da chamada "Poison Pill" do estatuto social.

A Mobly afirmou que seguirá mantendo o mercado informado sobre qualquer nova atualização relevante relacionada ao tema.

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