As ações da Nissan registraram uma alta de 6%, nesta sexta-feira, 7, após a Hon Hai Precision Industry, mais conhecida como Foxconn, voltar a se movimentar para tentar comprar a montadora japonesa, informou a CNA. O movimento ocorre em meio a rumores de que a parceria entre Honda e Nissan, que levaria à criação de uma holding conjunta, pode não seguir adiante.
Segundo fontes, Young Liu, presidente da Foxconn, teria instruído Jun Seki, ex-executivo da Nissan, a negociar diretamente com a Renault, que possui 36% das ações da montadora japonesa. A Nissan enfrenta uma crise financeira, com lucros operacionais despencando 90% e lucro líquido caindo 94% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023.
Foxconn de olho na Nissan
A Foxconn, gigante taiwanesa da eletrônica, é mundialmente conhecida por sua atuação na produção de iPhones e fabricação de componentes para empresas como Sony e Cisco. No entanto, a companhia tem acelerado sua expansão para o setor de veículos elétricos e já havia tentado investir na Nissan em 2024. Na ocasião, a negociação foi interrompida pela aproximação entre Honda e Nissan.
Agora, com a possível dissolução do acordo entre as montadoras japonesas, a Foxconn vê uma nova oportunidade de entrar no mercado automotivo. [A fabricante taiwanesa busca consolidar sua presença no segmento de veículos elétricos e enxerga a Nissan como uma peça-chave para essa expansão.]
Futuro incerto da parceria com a Honda
A Nissan e a Honda vinham negociando há sete semanas a criação de uma holding conjunta, o que resultaria na terceira maior empresa automotiva do mundo. No entanto, nesta quarta-feira (5), ambas divulgaram um comunicado afirmando que ainda estão discutindo diversas possibilidades, incluindo a possibilidade de encerrar o acordo.
Segundo a Bloomberg, a Nissan já estaria buscando um novo parceiro, o que pode indicar uma disposição maior para negociar com a Foxconn. Com um cenário de incertezas, o desfecho das tratativas pode redesenhar o futuro da indústria automotiva global.