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Fonte no Goldman Sachs vazou segredos da Apple e Intel

Goldman vazou informações confidenciais sobre as duas empresas para Raj Rajaratnam, fundador do fundo de hedge Galleon Group

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de março de 2012 às 09h41.

Nova York - Uma pessoa do Goldman Sachs Group Inc, que ainda não foi identificada ou acusada em uma ampla investigação norte-americana sobre uso de informação privilegiada em negociações, foi pega em uma escuta telefônica vazando segredos sobre a Intel Corp e a Apple Inc, afirmou o advogado do ex-membro do conselho do banco Rajat Gupta em uma audiência na sexta-feira.

O advogado Gary Naftalis, em uma acalorada discussão com o procurador norte-americano Reed Brodsky durante uma audiência pré-julgamento, disse que a pessoa do Goldman vazou informações confidenciais sobre as duas empresas para Raj Rajaratnam, o fundador do fundo de hedge Galleon Group condenado por uso de informação privilegiada no ano passado.

Gupta, o executivo mais conhecido acusado em um processo abrangente sobre insider trading em fundos de hedge nos últimos anos, negou as acusações de que ele entregou para Rajaratnam segredos do Goldman Sachs e da Procter & Gamble Co entre 2007 e 2009. O julgamento dele está previsto para começar em maio.

"Em uma carta, ele (Brodsky) disse que o governo tinha uma pessoa que fornecia informação confidencial para Raj Rajaratnam sobre a Apple e a Intel", afirmou Naftalis. "Também há evidências grampeadas, evidências substanciais de outra fonte no Goldman Sachs."

Naftalis disse ao juiz distrital norte-americano Jed Rakoff que a defesa acredita "que haja um caso muito mais circunstancial de que essa pessoa deveria estar sentada no banco ao invés de nós" e de que "o homem errado está em julgamento aqui".

Um argumento da defesa de Gupta é de que as acusações apresentadas pelos procuradores dos Estados Unidos em outubro passado são circunstanciais e que Rajaratnam teve uma série de fontes que lhe forneciam informações. Um júri condenou Rajaratnam amplamente com base em escutas telefônicas, que tradicionalmente são usadas no crime organizado e casos envolvendo narcóticos, e não em investigações de colarinho branco.


Rajaratnam, amigo de Gupta no passado, está cumprindo pena de prisão de 11 anos. Gupta foi chefe global da McKinsey & Co e foi membro dos conselhos de várias empresas.

O juiz encerrou a audiência no tribunal federal de Manhattan, mas Brodsky e Naftalis continuaram discutindo. Brodsky se recusou a comentar.

Um porta-voz do Goldman Sachs, Michael DuVally, não quis comentar.

O Goldman está no centro das atenções esta semana com a demissão pública do funcionário Greg Smith, que disse ao New York Times que o Goldman tinha se tornado "tóxico e destrutivo como jamais vi antes" e era um lugar que ele não desejava mais trabalhar.

Uma pessoa familiarizada com o caso Gupta disse no início de março que os procuradores estão investigando David Loeb, diretor-gerente do Goldman Sachs. Loeb trabalha com funcionários de tecnologia de fundos de hedge, incluindo um analista baseado na Ásia, Henry King, que também está sob investigação, segundo outra fonte informada sobre o caso.

As fontes não quiseram ser identificadas porque o assunto não é público. Nem Loeb nem King foram acusados de qualquer delito e nenhum deles respondeu aos e-mails pedindo para comentar.

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