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Focus, balanços, contas públicas e relatório de produção da Petrobras: o que move o mercado

A semana também é marcada pelas decisões de política monetária do Banco Central do Brasil, do Federal Reserve (Fed, banco central americano), do Banco do Japão (BoJ) e do Banco da Inglaterra (BoE)

Radar: semana é marcada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Radar: semana é marcada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 29 de julho de 2024 às 08h50.

Última atualização em 30 de julho de 2024 às 08h23.

Os mercados internacionais operam majoritariamente em alta na manhã desta segunda-feira, 29. Antes das decisões de política monetária dos principais bancos centrais do mundo, as bolsas da Europa abriram com valorização, enquanto os índices futuros dos Estados Unidos sobem e as bolsas da Ásia fecham em alta. Por aqui, o Ibovespa futuro também registra forte avanço.

Boletim Focus

Investidores repercutem o Boletim Focus desta segunda-feira, que voltou a aumentar a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024: de 4,05% para 4,10%. Essa é a segunda alta após o Banco Central (BC) interromper, no dia 15 de julho, uma sequência de nove semanas seguidas de altas.

O IPCA para 2025 também foi revisado para cima, de 3,90% para 3,96%, após também interromper uma sequência de 10 altas consecutivas na semana anterior. A inflação para 2026 e 2027 não foram modificadas, ficando em 3,60% e 3,50%, respectivamente.

O BC manteve a Selic de todos os anos em 10,50% (2024), 9,50% (2025), e 9% (2026 e 2027). Já a estimativa de 2024 e 2025 para o Produto Interno Bruto (PIB) foram revisadas de 2,15% para 2,19% (2024) e 1,93% para 1,94% (2025). As medianas de 2026 e 2027 do PIB se mantiveram em 2% cada. Por fim, a projeção do câmbio para 2024 foi a única que se manteve, em R$ 5,30. Já as de 2025, 2026 e 2027 foram revisadas: de R$ 5,23 para R$ 5,25 (2025 e 2026), e de R$ 5,21 para R$ R$ 5,23 (2027).

Contas públicas

De olho na agenda de indicadores, o Banco Central (BC) divulgou as estísticas fiscais de junho. Segundo o BC, o resultado primário do setor público consolidado ficou deficitário em R$ 40,9 bilhões, ante o déficit de R$ 63,9 bilhões em maio.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) atingiu 62,1% do Produto Interno Bruto (PIB) (R$ 6,9 trilhões) em junho. No mês anteiror, o indicador da relação dívida/PIB ficou em 62,2%, o que mostra uma queda de 0,1 pontos percentuais (p.p.).

Já a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) – que abrange governo federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 77,8% do PIB (R$ 8,7 trilhões) em junho de 2024, aumento de 1,1 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. O total da dívida federal de junho será divulgado às 14h30. Em maio, o indicador encerrou o mês em R$ 6,912 trilhões, representando alta de 3,10% em relação a abril.

Balanços

No cenário doméstico, CCR (CCRO3), Intelbras (INTB3) e Vivo (VIVT3) divulgam seus resultados do segundo trimestre de 2024 após o fechamento do pregão. Também pós-mercado, Petrobras (PETR4) divulga o relatório de produção e vendas de abril a junho deste ano.

Já nos Estados Unidos, o que pode impactar o mercado são os resultados das techs, que serão divulgados ao longo da semana: Microsoft (MSFT34), na terça-feira, 30; Meta (MITA34) na quarta-feira, 31, e Apple (MSFT34), Amazon (AMZO34) e Intel (ITLC34), na quinta-feira, 1; todos pós-mercado.

Na semana

A semana é marcada pelas decisões de política monetária do Banco Central do Brasil, do Federal Reserve (Fed, banco central americano), do Banco do Japão (BoJ) e do Banco da Inglaterra (BoE). Também haverá a divulgação, na sexta-feira, 2, do payroll (relatório de empregos dos EUA) e os Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do país, da China e de países europeus.

No radar fiscal, o governo ainda irá detalhar, em um decreto previsto para esta terça-feira, 30, o detalhamento do corte de R$ 15 bilhões nos gastos públicos, informados no 3º Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas. Na agenda de indicadores locais, também haverá a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), na terça-feira, 30, e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) de junho, na quarta-feira, 31.

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