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Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 13h46.
São Paulo – Assim como aconteceu no ano passado, o grupo de medicina diagnóstica Fleury (FLRY3) deve “decepcionar o consenso do mercado” com os resultados de 2011. Quem avisa é o analista do HSBC, Luciano Campos, em um relatório.
O banco rebaixa o preço-alvo das ações ordinárias em 12 meses, de 25 para 23,50 reais, um potencial de valorização de 7,3%. A recomendação “neutra” às ações foi mantida.
“Reduzimos nossas estimativas para refletir a queda na expansão da área de unidades de atendimento em 2012, a falta de visibilidade nos hospitais do Labs, e as possíveis implicações das margens estáveis da concorrente Dasa (DASA3) no longo prazo”, afirma Campos.
O Fleury alterou suas metas para expansão da área das unidades de atendimento em 2012 para pelo menos 10.500 metros quadrados, ante os 14.000 anunciados anteriormente.
“Além disso, a Dasa disse recentemente esperar que sua margem Ebitda no longo prazo seja próxima a 25%, ou seja, que fique estável à medida que a empresa ganha mais escala. Sendo a DASA a maior empresa de serviços de diagnósticos no Brasil, acreditamos que um teto nas margens provavelmente terá efeitos importantes sobre todo o segmento, incluindo o Fleury”, explica o analista.
Em 2011, as ações ordinárias do Fleury registram queda de 20%, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, cai 18,7%.
Números fracos
O Fleury encerrou o terceiro trimestre com queda de 46,4% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado foi afetado por aumento de custos em meio a um processo de expansão da empresa e crescimento na linha de amortização e depreciação.
A companhia teve lucro líquido de 23,8 milhões de reais, ante os ganhos de 44,5 milhões de reais um ano antes e de 33,3 milhões entre abril e junho.
Enquanto isso, os custos dos serviços prestados subiram 42% na comparação anual, para 200 milhões de reais, afetados por mudança de critério contábil no primeiro trimestre deste ano e crescimento das despesas com pessoal e médicos, de 69,3 milhões de reais no terceiro trimestre de 2010 para 102,9 milhões entre julho e setembro.