Os ratings de crédito do ABC Brasil foram afirmados em BBB- sob a justificativa do "baixo custo de captação, sólida administração de risco e consistente lucratividade ao longo dos anos" (EXAME.com/Exame)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2013 às 19h54.
São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch Ratings revisou nesta quinta-feira os ratings de cinco bancos brasileiros de médio porte. Foram elevados os ratings nacionais e internacionais do Pine, enquanto os ratings dos bancos ABC Brasil, Daycoval e Alfa foram afirmados. Já a perspectiva do rating nacional de longo prazo do Bicbanco foi revisada de estável para negativa.
Os ratings de crédito do ABC Brasil foram afirmados em BBB- sob a justificativa do "baixo custo de captação, sólida administração de risco e consistente lucratividade ao longo dos anos".
O rating nacional de longo prazo do banco Alfa foi afirmado em AA(bra), "refletindo sua estratégia de concessão de crédito e administração de risco altamente conservadoras, a excelente qualidade do crédito, a liquidez muito boa, a alavancagem relativamente baixa, os confortáveis índices de capital e o seu consistente histórico de desempenho".
Sobre o Daycoval, cujos ratings de crédito foram elevados recentemente para BBB-, de BB+, e afirmados na revisão desta quinta-feira, a agência justifica a classificação devido ao "consistente histórico de desempenho do banco, mantido em diferentes ciclos da economia local, a maior diversificação do negócio e a confortável liquidez, além das posições de capitalização".
Quanto ao Bicbanco, a Fitch explica que "a revisão da perspectiva reflete a avaliação da Fitch de que os problemas de qualidade de ativos experimentados em 2011 e 2012 estão pressionando os lucros e a alavancagem do banco". Segundo a agência, o Bicbanco é o único banco neste grupo cujo desempenho foi fraco, devido à deterioração da qualidade de ativos.
A elevação do rating de crédito do Pine de BB para BB+, com perspectiva estável, reflete a capacidade de o banco preservar e fortalecer seu perfil de crédito nos últimos anos. De acordo com a agência, os cinco bancos que tiveram os ratings revisados são instituições financeiras com total de ativos entre R$ 10 bilhões e R$ 18 bilhões.
"O modelo de negócios desses bancos e de outros, semelhantes, no Brasil - que dependem da captação no atacado para financiar as carteiras de crédito do varejo e/ou de pequenas e médias empresas (PMEs) - foi o que, na opinião da Fitch apresentou desafios significativos e historicamente relegou a maior parte desses bancos a receber ratings abaixo do grau de investimento", justificou a agência em comunicado divulgado hoje. A Fitch acrescentou ainda que o atual ciclo econômico lento pôs esses bancos em teste.
Quanto ao futuro, a agência acredita que "esses bancos, tal como a maioria do sistema financeiro brasileiro, vão continuar enfrentando dificuldades em 2013, em comparação com as instituições de maior porte, com maior diversificação de receitas, considerando o atual ambiente de baixas taxas de juros e limitado potencial para melhorar a receita de serviços a curto prazo".